Para quem gosta de continuidade, planejamento, obtenção de resultados em médio e longo prazo ficou satisfeito com a vitória da Ponte Preta sobre o Santos por 3 a 0. Não foi apenas o rendimento da Macaca a responsável em produzir satisfação. A conquista dos três pontos deu segurança para a continuidade do trabalho de Fábio Moreno, forçado a encarar turbulências após a eliminação na Copa do Brasil para o Criciúma.
Time compacto na defesa, humildade para defender, volantes atentos na marcação e aplicação de velocidade e o contra-ataque. Moisés deitou e rolou pelo setor esquerdo e Niltinho infernizou a defesa adversária, além de solidariedade na marcação. Tem a cereja no bolo chamada João Veras e o comando de Camilo.
Sabemos que a Macaca é capaz de atuar de modo reativo contra oponentes de melhor poderio técnico. Boa noticia. É um esboço de plano de jogo. O futebol, entretanto, pede mais. Fábio Moreno sabe disso.
A próxima etapa do trabalho será a de desenvolver estratégias, posicionamentos e jogadas que façam a Ponte Preta propor o jogo, encurralar o oponente e transformar posse de bola em gols.
Quando encarar um time retrancado e que feche os espaços, será preciso encontrar uma maneira de Moisés e Niltinho serem capazes de furar essas linhas defensivas e em espaço curto para arrancadas em velocidade. Treinar jogadas de bola, seja de escanteio ou de falta e que possibilite a utilização dos zagueiros; e uma saída de bola que construa e costure a jogada desde o sistema defensivo até a finalização. Repetição, mentalização e paciência. É demorado, custoso.
O passo inicial foi dado contra o Santos. Decréscimo de produção pode ocorrer. Normal em um time com limitações técnicas. O passo inicial foi dado. Isso importa. Especialmente em um futebol equilibrado e acirrado como o atual.
(Elias Aredes Junior)