Ponte Preta: passado glorioso, presente incerto e futuro inexistente. Até quando?

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A Ponte Preta parou no tempo. Como? De que maneira? Quem viu? Quem presenciou? Como uma equipe centenária ser devastada? Não é difícil explicar. Acredite.

A bussola do tempo é reveladora. De um lado, temos pontepretanos com boa folha de serviços prestados: Edson Aggio, Lauro Moraes, Pedro Antonio Chaib, Danilo Villagelin, Marcos Garcia Costa, Emilio Olmos, Coronel Rodolpho Pettená.. São pontepretanos que deveriam ser homenageados todos os dias. Dedicaram tempo, dinheiro e talento para deixar de pé uma instituição campineira. Aqueles que estão vivos deveriam ser ouvidos com deferência e respeito.

E o presente? Este é dividido em duas partes. A primeira é formada por pessoas que consideram Sérgio Carnielli um deus divino. Não há vida sem ele. Não existe saída. Não há solução. Se ele estiver fora, tudo acaba. Do outro, aqueles que consideram o presente como algo positivo apenas se Carnielli estiver longe do Majestoso. José Armando Abdalla e Gustavo Válio são os dirigentes símbolos deste pensamento. Ganharam simpatia de muitos torcedores a partir do distanciamento com o presidente de honra.

E o futuro? Não existe. O clube, em virtude de suas brigas políticas ficou com número de sócios diminuto e veio o ceticismo. Ninguém coloca fé nos pontepretanos apontados como potenciais presidentes para 2020, 2024, 2028, 2032.. Abdalla e Válio entusiasmam no presente mais murcham no futuro. Giovanni Di Marzio causa mais rejeição do que aceitação por sua amizade com Carnielli. Claro que isto é da alçada de sua vida privada, mas que isso gera rejeição, não há duvida. E muitos não querem pensar na hipótese de retorno de Carnielli ao poder. Detalhe: ele próprio nunca fez qualquer declaração pública a respeito do tema.

Mesmo o grupo “Tudo pela Ponte, Nada da Ponte” são eficientes e talentosos  na construção de um discurso voltado à transparência, modernidade e retomada das origens da Macaca. Só não apresentam um nome, uma alternativa capaz de galvanizar corações e mentes e conduzir a construção de uma nova Ponte Preta.

A verdade nua e crua é que a Ponte Preta é uma agremiação orgulhosa do seu passado, dividida no presente e esfacelada no futuro pela ausência de nomes. Isso precisa mudar.

(análise feita por Elias Aredes Junior)