Ponte Preta: sem compreensão do futebol atual, não existe reclamação que dê jeito

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No futebol, geralmente não há espaço para recuperar fatos. Quando menos se espera, o estrago está feito. Nesta segunda-feira, a atitude principal dos torcedores pontepretanos foi a de criticar as decisões equivocadas do árbitro Maguielson Lima durante o empate por 2 a 2 entre Ponte Preta.

A expulsão de Matheus Jesus é a que gerou maior celeuma. Muitos consideram que a punição foi forte demais. Era para cartão amarelo. Nunca é demais lembrar: o vermelho foi recomendado pelo árbitro de vídeo Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro. O árbitro tomou a decisão para si? Verdade. Só que as reclamações deveriam ser direcionadas para quem estava na cabine. Em tempo: eu aplicaria o cartão vermelho. Mas entendo quem considera o amarelo suficiente. Motivo: não existe um critério uniforme na arbitragem brasileira. 

O pênalti marcado a favor do Vitória foi cercado de reclamações. E foi marcado também graças ao árbitro de vídeo.

Conclusão: o protesto deve ser não pela incapacidade do árbitro e sim por sua falta de personalidade que sucumbiu às recomendações da árbitragem. Pelo lado contrário, pegue a postura de Raphael Klaus, que nem sempre segue as recomendações recebidas no ponto eletrônico. Foi isso que faltou: personalidade.

Agora, algo precisa ser dito: reclamar depois não adianta nada. É urgente melhorar o relacionamento com a CBF. Ou pedir ajuda a Federação Paulista. Explica-se: ao contrário do passado, em que as escalas eram definidas por sorteio, hoje, esta tarefa é prerrogativa da Comissão de Arbitragem.

Se os outros clubes batalham por arbitragens com indice menor de erros, por que a Ponte Preta deve ficar inerte ou porque a sua interlocução não tem eficiência? É preciso fazer ajustes.

Futebol é vencido dentro e principalmente fora do campo. É duro, mas é realidade. Nua e crua.

(Elias Aredes Junior-com foto de Marcos Ribolli-Pontepress)