Ponte Preta, vitória contra o Mirassol e fatores que vão além do futebol

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Esqueça esquema tático. Estratégia de jogo. Substituições realizadas durante os 90 minutos. A vitória da Ponte Preta contra o Mirassol por 2 a 1 foi a comprovação definitiva de que os gestores responsáveis pelo futebol profissional aprenderam a lição. Assimilaram os erros cometidos na campanha de rebaixamento na Série B e redirecionaram a rota.

O que falo aqui não é sobre a qualidade técnica. É algo mais profundo. Resumo em uma palavra: personalidade. Quando Jean Dias dispara um chute de fora da área e anota um belo gol, não é a técnica que prevalece e sim a confiança que está dentro de si. Acredita que sua capacidade fará diferença em ambiente inóspito. Quantos jogadores no ano passado diante de adversários até de nível técnico inferior adotavam a covardia como norma de conduta e eram incapazes de dar um mísero chute a gol? Pois é. A rota mudou.

Assim como o contra-ataque que culminou no gol da vitória é claramente fruto de uma equipe coesa, bem treinada e confiante nas orientações do seu treinador. Imagino as lutas internas travadas dentro da alma de Alberto Valentim para confiar de que seu potencial e conhecimento estavam ali, presentes. Você verificar que seu trabalho não dá os frutos necessários derruba qualquer um. A saída era crer na abertura de um sorriso do futuro. Ocorreu.

Tudo resolvido? Nada disso. O Paulistão é avant-première de que algo maior. Um cetro que precisa ser buscado: o acesso na Série C.

Não é hora para ninguém comemorar. Nem o gestor fazer arroubos de vaidade ou de autopromoção e com frases tipo “Eu sou melhor”. Afinal de contas, ninguém sabe tudo e a vida é um eterno aprendizado. A Macaca está no caminho certo. Para quem andava sem rumo no futebol profissional até o final de 2024, é uma evolução tremenda. O torcedor merece comemorar.

(Artigo escrito por Elias Aredes Junior e foto de JP Pinheiro-Agência Mirassol)