No final de 2016, o gerente de futebol da Ponte Preta, Gustavo Bueno, queria dar fim ao processo anual de reformulação de elenco na Macaca. A cada ano praticamente um novo plantel e com poucos jogadores sustentando a base de um ano para o outro. Ainda que timidamente, a diretoria já começa a pensar no ano que vem, mas encontra diversos empecilhos para isso.

Ainda na luta para se assegurar na Série A do Campeonato Brasileiro e aguardando a definição das eleições no dia 27 de novembro, a Ponte Preta tem um total de dezoito jogadores com contratos encerrados no final do ano. Destes, sete deles podem ser considerados titulares: Marllon, Luan Peres, Nino Paraíba, Wendel, Elton, Lucca e Emerson Sheik.

O lateral Nino Paraíba e o zagueiro Marllon foram os primeiros nomes procurados pela diretoria para tentar uma renovação para 2018, mas com o interesse de equipes como Corinthians e Santos, os jogadores fizeram o discurso de esperar a definição da permanência na elite do futebol nacional para começar a discutir um novo vínculo.

Lucca, emprestado pelo Corinthians, e a dupla Fernando Bob e Artur, que pertence ao Internacional, já comunicaram a cúpula alvinegra que não estão interessados na permanência. Lucca foi alvo de torcedores na confusão em Viracopos, além de ter sido alertado por Fábio Carille que será aproveitado no Timão em 2018.

A situação mais complexa é de Emerson Sheik. O atacante de 39 anos ainda não definiu se dará continuidade a sua carreira no futebol, mas já recebeu sondagens de outras equipes. Sheik, em entrevista recente ao jornalista Ivan Moré do Globo Esporte, não escondeu sua decepção com a falha no projeto da Ponte Preta. Ele acreditava em classificação à Libertadores.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)