Presidente da Ponte Preta pede indicação de jogadores para jornalistas. É o fim de todas as picadas!

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O presidente da Ponte Preta, José Armando Abdalla Junior, participou de entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, dia 30, para explicar as razões que levaram a demissão do técnico Doriva. Mas durante a conversa, ao responder uma pergunta do repórter Heitor Esmeriz, do GloboEsporte.com, o dirigente, há seis meses no cargo, emitiu o seguinte conceito sobre reforços:

“Não é uma questão de economia em trazer um novo técnico. Se vier um novo técnico, hoje, ele não vai assumir imediatamente. Nós temos dois jogos sábado e terça-feira e vamos no dia a dia. A hora que existir, nós vamos sentar, conversar e fazer um planejamento de médio e longo prazo. Na questão de prioridade (reforços), é claro que o mercado brasileiro precisa de um meia de ligação e se vocês souberem de indicações dentro do nosso perfil, é ótimo, mas hoje quem tem? Está difícil o mercado. Atacantes e laterais-esquerdos são algumas posições prioritárias dentro da Ponte Preta”.

Pode ter sido uma bravata, um pedido fora de contexto ou até que com desejo de se falar sério. Não dá para aceitar. Ao pedir que jornalistas encaminhem sugestões de contratações de armadores, involuntariamente Abdalla comete alguns equívocos.

O primeiro é desprestigiar toda a cúpula de futebol da Ponte Preta, inclusive os analistas de desempenho. Ora, eles são contratados não só para verificar o que os atuais jogadores fazem nos treinamentos e jogos, mas também monitorar o trabalho dos jogadores de todos os centros do Brasil. É o mínimo que se espera.

Afirmar tal conceito transmite insegurança. Ou seja, já que não tenho capacidade de prospectar e contratar jogadores de potencial, eu jogo o problema para os jornalistas. Afinal, não são eles que sabem tudo!? Mas não é assim que funciona. O futebol ficou profissionalizado e planejamento é desejado. Especialmente na montagem das equipes.

Em resumo, a brincadeira feita por Abdalla demonstra o atual quadro da Ponte Preta: atiram para todos os lados. E bem longe do alvo. Uma pena.

(análise feita por Elias Aredes Junior)