Príncipe Adam ou He-Man: Qual será a versão de Régis com a camisa do Guarani?

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Não existe homem ou mulher com mais de 45 anos que não tenha recordação do desenho Mestres do Universo. Transmitido pela Rede Globo nas décadas de 1980 e 1990, o desenho retratava o planeta Eternia, em batalha constante por seu dominio.

De um lado, o vilão esqueleto com os seus cumplices Maligna e Homem Fera. Do outro lado as forças do bem representadas por Tina, Mentor e o bruxo atrapalhado Gorpo. Mas existia um fator de desequilibrio para o lado do bem.

E que tinha duas faces.

A primeira é da principe Adam. Cordato, meigo e de fala mansa, era um principe herdeiro que queria participar das batalhas do bem contra o mal. Como ele não tinha  forças suficientes, ele tirava sua espada, dava um grito mágico e se transformava em He Man, que se intitulava o maior guerreiro do Universo ao lado do seu parceiro Gato Guerreiro.

Recordei este desenho para pensar na seguinte reflexão: quem entrará em campo no Guarani: armador Régis versão principe Adam ou modelo He-Man?

Sim, porque se a torcida faz festa pela chegada de Regis foi porque na sua passagem anterior pelo Guarani ele foi um autêntico super heroi. Tinha uma atuação em alto nível, constante e com gols decisivos, como no dérbi de número 200.

Entrou para a história.

Mais: assim como um herói disposto a defender o seu planeta, Régis defendeu a camisa bugrina como poucos. Tanto que na comemoração do gol contra a Ponte Preta percebe-se ele gritar de modo enfático: “Aqui é Guarani!”. Não existe nada melhor para o torcedor do que ver alguém lhe representando de corpo e alma.

Então, o que aflige? Qual o temor? Que aquilo tenha sido passageiro. Ou transitório. Que ele apresente o rendimento abaixo do esperado, algo verificado no Cruzeiro e no próprio Coritiba, em que não foi acionado no número de vezes que condiz com seu futebol.

Regis precisa exibir bom rendimento. Não é somente por causa de sua projeção profissional. É uma questão de sobrevivência para o Guarani.

Na sua passagem anterior, ele tinha como dividir o protagonismo com Bruno Sávio, Andrigo, Pablo, entre outros. Dessa vez podemos dizer: sem a sua produção será quase impossível pensar em produtividade ofensiva com Bruno Mendes e Bruno José. Que Régis tenha a força para fazer do Guarani um time diferente.

(Elias Aredes Junior- Foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)