Envolvidos em dificuldades financeiras e com trilhas diferentes, Guarani e Ponte Preta terão que sustentar as contas em dia na próxima edição da Série B do Campeonato Brasileiro. De acordo com o texto publicado no site oficial da CBF, a margem de manobra será encurtada para quem deixar de cumprir seus compromissos salariais. “O Clube que, por período igual ou superior a 30 (trinta) dias, estiver em atraso com o pagamento de remuneração, devida única e exclusivamente durante a competição, conforme pactuado em Contrato Especial de Trabalho Desportivo, a atleta profissional registrado, ficará sujeito à perda de 3 (três) pontos por partida a ser disputada, depois de reconhecida a mora e o inadimplemento por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD)”, afirma o artigo 17 do documento.
As punições, por sua vez, estão detalhadas para que os clubes tenham consciência de que devem andar na linha e que o encerramento do certame não tem relação direta com o fim dos tormentos relativos a possíveis atrasos de salário. Pelo contrário. “Ocorrendo atraso, caberá ao atleta prejudicado, pessoalmente ou representado por advogado constituído com poderes específicos ou, ainda, por entidade sindical representativa de categoria profissional, formalizar comunicação escrita ao STJD, a partir do início até 30 (trinta) dias contados do encerramento da competição, sem prejuízo da possibilidade de ajuizamento de reclamação trabalhista, caso a medida desportiva não surta efeito e o clube permaneça inadimplente”, completa o documento. O STJD terá permissão de conceder 15 dias para que o clube coloque suas obrigações em dia.
No ano passado, a Macaca teve dificuldades para cumprir com suas tarefas financeiras enquanto que o Alviverde está as voltas com a discussão da possível terceirização do departamento de futebol profissional, o que em tese evitaria o atraso de salários.
(Elias Aredes Junior)