Todo voto dado em eleição é importante. Qualquer um. A vitória na urna estabelece condutas, normas, direção e foco para determinado período.
Confronto de ideias.
E de nomes.
Personalidades. Talvez os 785 eleitores designados para a eleição da Ponte Preta, marcada para o dia 20 de novembro não tenham a dimensão do voto que será dado. Um voto que não definirá apenas o grupo que formará a diretoria executiva por quatro anos, mas também o local de jogos da Macaca para o futuro.
Esta é uma divisão bem estabelecida.
A Chapa DNA Pontepretano defende a construção de uma Arena no local em que está o Centro de Treinamento do Jardim Eulina. Um empreendimento que já teve diversas maquetes e conviveu com uma rejeição monstruosa por ficar com a pecha de um espaço elitizado, em que o pobre seria colocado para fora.
Os responsáveis pela chapa dizem que isso (a exclusão dos pobres) não acontecerá. Independente disso, a eleição concede uma nova oportunidade de convencimento e de colocar a obra em pé. E de preferência com o torcedor carente para dentro do estádio.
E se a chapa MRP triunfar? Bem, o eleitor já sabe de antemão que o projeto da Arena estará enterrado e a reforma e modernização do estádio Moisés Lucarelli será a prioridade das prioridades.
Algumas vantagens estão colocadas, como a fácil adesão da torcida ao projeto e a possibilidade de transformar em algo rentável um espaço histórico, não só do clube, como da própria cidade de Campinas. Entretanto, é um local envelhecido. E não precisa ser expert em engenharia ou arquitetura para saber que os custos de manutenção podem subir as alturas.
Ou não? Uma resposta que tem feita pela chapa. Mas que ninguém se iluda: uma vitória nas urnas dará um combustível ao projeto.
Pois é. Não será apenas escolher o novo presidente o valor do voto dado na urna no Salão Nobre. A eleição marcada para o dia 20 de novembro mostrará se o associado pontepretano quer mudar de casa ou se deseja reformar um imóvel de imenso valor emotivo. A urna dirá a resposta.
(Elias Aredes Junior)