Wellington Carvalho, Ruan Renato, Rahyan, Luizão, Alison, Léo. É impossível encontrar-se satisfeito com os atuais integrantes do sistema defensivo da Ponte Preta. Jogo após jogo, os erros individuais comprometem uma campanha que tinha tudo para ser exitosa. Ausência de atenção nas bolas paradas, incompetência para construir jogadas a partir do campo defensivo e ineficiência no mano a mano com o adversário… os erros são muitos.
Lógico, o departamento de futebol profissional tem culpa no cartório. Foram os integrantes da seção (leia-se Gustavo Bueno e Fabinho Moreno) que avalizaram as aquisições. Merecem as críticas recebidas.
Que tal a gente mudar o rumo da prosa e olhar um pouco além? Que tal constatar que o sistema defensivo falho é fruto de uma debilidade estrutural?
Quem conhece minimamente a história da Macaca sabe que é uma escola para formação de zagueiros e de goleiros. Atualmente no time profissional, o arqueiro Ivan é a comprovação que não me deixa mentir.
Lamento que não se aplica o mesmo aos zagueiros. As categorias de base da Macaca desprezam o seu DNA. Não revela. Ou não promove. Quem ler esse artigo e encontrar-se antenado com as categorias de base, vai falar algum atleta do Sub-17 ou do Sub-20 que mereceria uma oportunidade. Do que adianta revelar se não usa? Vou além: se não produz atleta de alta qualidade no setor é porque falta formação dentro da agremiação.
Se a Ponte Preta estivesse no curso normal da história, certamente três ou quatro beques de qualidade estariam formados e com isso o técnico Marcelo Oliveira teria melhores opções e existiria a perspectiva de arrecadação de recursos para o futuro. Na atualidade se existe algo que não é registrado na Ponte Preta é respeito a sua própria história. Infelizmente.
(Elias Aredes Junior- foto Botafogo SA-divulgação)