A derrota para o Sampaio Correa doeu demais. O técnico Doriva destruiu sua credibilidade perante o torcedor e foi demitido. A vitória no clássico contra o Guarani virou pó. Não há saída: a Macaca precisa de uma reação imediata. O próximo treinador precisa exibir atributos ausentes no comandante deposto: agarrar-se as suas ideias e optar pela simplicidade.
No jogo de despedida, a ausência de opções era tamanha que Doriva parecia perdido. Roberto atuou pelo lado do campo e depois vai para a parte central do gramado; Tiago Real, armador contumaz, fica na frente quase como centroavante.
Depois faz uma mudança para colocar João Vitor e escalar Nathan na zaga no lugar de Reginaldo. A partida termina e você não sabe como atua a Macaca. Não há estilo. Não existe uma maneira de jogar. Tentativas. O sucessor precisa extirpar a síndrome de professor pardal. O eleito poderá sim utilizar a vitória contra o Guarani como parâmetro.
Na ocasião, a comissão técnica optou em encurtar o posicionamento dos jogadores, compactar as linhas defensivas e apostar no contra-ataque. Vem o duelo no Maranhão e Doriva postou o time muitas vezes à frente.
Time espaçado, sem marcação precisa e que deixa jogadores no mano a mano com atacantes adversários. Relembre o gol da partida de segunda-feira e saberá do que falo. A consequência sabemos: demissão sumária. Encontrar um estilo é o desafio do próximo técnico. O time só sabe jogar de maneira reativa, no contra-ataque?
Terá dificuldades para propor o jogo? Tudo bem. Então que abrace a retranca sem pudor e tenha uma série de jogadas ensaiadas, de bola parada para utilizá-las quando a criatividade estiver ausente. O que não é padecer por indecisão. Será o pior dos pecados.
(análise feita por Elias Aredes Junior)