Quem jogou mais com a camisa 10 do Guarani: Neto ou Djalminha?

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Eles estavam em baixo em determinados instantes e encontraram no Guarani uma maneira de buscarem a redenção. Fizeram gols, construíram vitórias e ficaram no imaginário coletivo das arquibancadas. Defenderam a camisa 10 bugrina com galhardia e posteriormente confirmaram o talento em clubes de projeção nacional. A categoria de ambos é tamanha que a pergunta inevitável acontece: quem foi maior com a camisa do Guarani: Neto ou Djalminha?

Eram dois jogadores de estilos diferentes. Neto começou a carreira como o clássico ponta de lança em meados de 1983. Apesar de encontrar-se acima do peso, tinha velocidade e um poder de conclusão apurado. Teve seus primeiros lampejos de sucesso em 1985, quando estava inserido no time bugrino que terminou o Paulistão na terceira colocação. Após desentender-se com dirigentes, Neto perambulou e foi emprestado para Bangu e São Paulo e voltou pelas mãos de Beto Zini, que no final de 1987 venceu as eleições presidenciais do clube. Fez história no Campeonato Paulista ao marcar o gol de bicicleta na decisão contra o Corinthians. Posteriormente, saiu e após uma passagem apagada pelo Palmeiras, desembarcou no Corinthians, local em que fez história. Voltou na reta final da carreira, em 1995, mas sem o mesmo brilho. No total, Neto tem 130 partidas com a camisa bugrina e fez 74 gols.

Já Djalminha encontrou no Guarani o seu porto seguro para reiniciar a carreira em 1993, quando não teve mais espaço no Flamengo. Chegou ao Guarani e fez participações destacadas até ser vendido ao futebol japonês. Retornou em grande estilo no final de 1994 quando foi contratado para formar um “trio de sonhos” com Luisão e Amoroso, recém-saídos de uma campanha de destaque no Campeonato Paulista.

O plano formulado por Zini não teve sequência e Djalminha precisou encontrar novo porto seguro. E foi no Palmeiras que encontrou seu palco mais amplo, quando foi o comandante do time campeão de 1996, que teve uma derrota em 30 jogos. A derrota, coincidência ou não foi para o Guarani, então treinado por Carlinhos. No Brinco de Ouro, Djalminha jogou em 96 partidas e tem 47 gols contabilizados.

Alto quilate técnico nos dois ex-jogadores. Quem você escolhe?

(artigo escrito por Elias Aredes Junior)