“Se até sábado o Gilson precisar, vou estar apto” afirmou o sorridente Renato Cajá em sua apresentação no Moisés Lucarelli. O meia vai para sua quarta passagem na Ponte Preta e já se colocou à disposição do treinador para o duelo contra o Santos, daqui a dois dias, pelas quartas de final do Campeonato Paulista.
Apesar de ter feito a pré-temporada com o Bahia, Cajá não vinha atuando com regularidade e está há seis dias sem participar de um coletivo. Depois de assinar um contrato até o final do ano com a Macaca, o jogador participará de sua primeira atividade nesta quinta-feira em um jogo-treino no Majestoso. A comissão técnica vai avaliar sua condição física e decidir sua condição física para sábado.
Mesmo apto, a tendência é que Cajá fique no banco de reservas. O meia Ravanelli cresceu nas mãos de Kleina e não deve ser substituído de imediato. Além da parte clínica é preciso confirmar a inscrição do atleta junto à FPF. O atleta já teve o nome publicado no BID da CBF como atleta da Ponte Preta.
Aos 32 anos, o camisa 10 já está há 14 anos atuando profissionalmente. Revelado pelo Mogi, passou por Ferroviária, Juventude, Grêmio, Botafogo, Vitória e Bahia, além de ter o passaporte internacional carimbado por Al-Ittihad, Guangzhou Evergrande, Kashima Antlers, Bursaspor e Sharjah FC.
Consciente de que será preciso reconquistar o torcedor, Cajá espera repetir as boas atuações das outras três passagens e renega o rótulo de mercenário.
– Eu tenho 32 e minha profissão não me permite trabalhar até 50 ou 60 anos para fazer minha dependência. Eu sou profissional e às vezes aconteceu uma situação de sair, mas a Ponte ganhou muito mais dinheiro do que eu em diversas situações. Às vezes o pessoal não entende que as coisas internas ficam entre a gente, mas sempre honrei essa camisa – declarou.
(Texto e reportagem: Júlio Nascimento)