No próximo dia 11 de março, o Guarani vai escolher seus novos representantes do Conselho Deliberativo. Três chapas foram colocadas à disposição dos eleitores e talvez a expectativa maior esteja colocada sobre a Chapa do Renova Guarani.
Não é para menos. Horley Senna goza de uma rejeição entre o eleitorado e a chapa Nova Jornada, vinculada a Palmeron Mendes Filho, tem tantos grupos antagônicos que fica difícil estipular um futuro consistente. Ou seja, podem vencer mas todos sabem o que poderá ser obtido a partir de seus quadros.
O cenário eleitoral vai abrir espaço a um novo tempo ao Renova, que por muitos anos foram colaboradores das medidas que eles consideravam positivas ao Guarani e criticavam aquilo que consideravam errado. Uma postura que, diga-se recebeu criticas por parte de alguns dirigentes, que achavam como falta de posição.
Se forem confirmadas as projeções de bastidores, não é difícil imaginar o Renova obter a indicação de um representante para presidir o Conselho Deliberativo e posteriormente disputar com chances de arrebatar o comando do Conselho de Administração.
O que isso quer dizer? Muita coisa. Acaba-se o período de debate, proposição e fiscalização do poder (o que é vital, diga-se) para a interferência direta nos destinos da agremiação. Os integrantes do Renova, bem intencionados e batalhadores pela implantação de suas ideias terão diante de si o desafio de lidar com um futebol cheio de empresários sedentos de poder e dinheiro, jogadores mimados e um clube que precisa exigir o cumprimento de uma ação judicial para a construção de um Centro de Treinamento, Sede Social e Novo estádio. A vida real chegará com mais força. As respostas terão que ser imediatas e mediar conflitos será necessário.
Este colunista afirma sem medo de afirmar que o Renova tem quadros interessantes. Pessoas que focaram sua vida no preparo intelectual, no acumulo de informação e experiência e que poderia ser útil na renovação de um ambiente conservador e deturpado do futebol.
Se o Renova obtiver êxito nas urnas nesta e nas próximas eleições, certamente o Guarani será diferente. Não sei se para melhor ou pior. Mas será. Se os quadros do Renova forem sugados e destroçados pela estrutura viciante do futebol, o Guarani perderá junto. A eleição do Conselho Deliberativo é um caminho sem volta. Um tira teima ao Renova e ao Guarani. Veremos o que as urnas dirão.
(artigo escrito por Elias Aredes Junior)