Sabe quando você encontra alguém na rua e o interlocutor aborda um assunto inconveniente e a resposta aparece de modo protocolar, cheia de dedos, tudo isso para encerrar o tema de modo rápido e rasteiro? Essa foi a sensação que tive ao ouvir a explicação do superintendente executivo do Guarani, Michel Alves, quando abordou o quadro de Ricardinho.
A declaração foi a seguinte: “Sobre Ricardinho, atleta do Guarani é um jogador que nesse momento é uma opção e está trabalhando. Mas não sou eu que tenho de responder sobre isso. Quando entra em campo, responsabilidade é da comissão técnica. Tem seu valor, seu peso, teve possibilidade de sair, não achou por bem essa decisão. Ele permanece conosco, não tem absolutamente nada a falar. Vai buscar seu espaço”, disse o executivo.
Talvez esse seja o problema. Que a instituição Guarani não tenha nada para falar. Deveria. Repito: não estamos falando de um jogador qualquer. Não é alguém que surgiu como revelação ou alguém que entrou em campo, teve desempenho decepcionante e precisa ser desligado. Falamos de alguém que foi autor do gol do acesso em 2018. Está na história. Queiramos ou não. Teve bom desempenho por bom tempo e como prêmio renovou o seu contrato e por bom salário.
Repito o que escrevi em artigos anteriores: Ricardinho adquiriu um status no clube que coloca-o na reserva, se não for por clara má fase técnica, produz um constrangimento enorme.
Solução? Que as duas partes entendam que o melhor é que cada um siga seu rumo. E que a história de Ricardinho no Guarani seja preservada.
(Elias Aredes Junior)