Roger falou pela primeira vez após a sua rescisão na Ponte Preta. O atacante evitou críticas à diretoria, apesar de se mostrar surpreso com a decisão de mandá-lo embora antes do término do contrato. O jogador admitiu acerto com o Botafogo, clube que vai defender a partir de 2017.
– Não concordo com a rescisão do meu contrato. Durante minha carreira, nunca fui demitido ou rescindi contrato com algum clube. Apesar de não concordar, restou acatar a decisão. Tem muitos jogadores com pré-contrato com outros clubes, mas quando se trata de Roger tudo ganha proporção maior. Fico frustrado por não acabar um campeonato que estava disputando a artilharia – declarou o jogador em entrevista à rádio CBN de Campinas.
O atacante de 31 anos recebeu uma proposta do Botafogo e de outros dois clubes, mas garante que a Macaca não cobriu a oferta:
– A Ponte teve tempo suficiente para fazer uma proposta que, em minha opinião, não era nenhum absurdo. Mas, enfim, ela tem o teto salarial e os limites para ter um planejamento regrado para o próximo ano. Eu ofereci um contrato baseado em um salário de outro atleta do elenco, mas o clube viu o que era prioridade. A minha decisão de ir para o Rio de Janeiro envolve família e outras coisas que acabam contribuindo.
Durante a entrevista, Roger confirmou que viajou ao Rio de Janeiro para realizar exames médicos no Botafogo:
– Não posso negar que fiz o exame médico. Fiz um exame simples de rotina e não era novidade para a Ponte que eu tinha um pré-contrato com o Botafogo. Jogar no Rio é um desafio novo e claro que a questão financeira me moveu muito, mas tem o aspecto Libertadores, novas ambições e de buscar algo novo em minha carreira.
Na atual temporada, Roger marcou 22 gols atuando com as camisas de Red Bull Brasil e Ponte Preta no Campeonato Paulista, Brasileiro e Copa do Brasil. Mesmo com a rescisão de contrato, a Macaca vai honrar com os vencimentos do atleta até o dia 31 de dezembro.
(Texto e reportagem: Júlio Nascimento)