Alguns fatos não podem ser deixados de lado. Necessitam de escrutínio correto. Entre idas e vindas, soubemos que os jogadores da Ponte Preta firmaram um pacto com a diretoria e vão esperar a quitação dos salários, que já chega a 25 dias.
Independente de presença no grupo de classificação, boa fase da equipe comandada por Jorginho, os gestores responsáveis pelo dia a dia pontepretano não deveriam permitir esse estado de coisas. Jogadores de futebol são trabalhadores. Ganham ótimos salários, mas são responsáveis por uma estrutura de assessores e familiares que dependem de seus serviços. Resumindo: precisam receber. Assim como os funcionários do clube.
E neste cenário, todos são culpados. Todos. A atual diretoria por fazer um planejamento equivocado, em que no inicio do ano decidiu pagar salários de R$ 60 e R$ 80 mil. E sem condição para tal compromisso.
Não podemos esquecer que em 2017 o orçamento do departamento de futebol foi de R$ 68,8 milhões e no ano seguinte caiu para R$ 41 milhões. Ou seja, não dá para sustentar idêntico padrão com menor quantidade de dinheiro.
Erro crasso de José Armando Abdalla Junior e também do diretor financeiro Gustavo Valio. Deveriam construir um planejamento mais meticuloso e fazer mais com menos. O enquadramento salarial feito agora vem com atraso.
Agora que ninguém do grupo de Sérgio Carnielli venha reivindicar discurso saneador. Não podemos esquecer que de 1997 a 2011 o presidente de honra deu as cartas. Fez aportes e mais aportes. E não preparou o clube para os novos tempos e sem a sua presença.
Que até o final do ano, a Ponte Preta entre na normalidade financeira. Que todos recebam em dia. Sem atrasos. E com tranquilidade para buscar o que importa, a presença na primeira divisão.
(Elias Aredes Junior)