Sampaio Côrrea x Ponte Preta: um jogo que vai além dos 90 minutos

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Algum desavisado pode imaginar a partida da Ponte Preta contra o Sampaio Côrrea pela Copa do Brasil como um rito de passagem, uma avant première antes da Série B. Ledo engano. Sair de São Luís (MA) com a classificação vai abrir um caminho vasto ao planejamento até dezembro.

Os números dizem tudo. Se obtiver o passaporte, a Macaca fatura R$ 1,4 milhão. Seria uma quantidade suficiente para quitar duas folhas de pagamento e afastar dificuldades. Duro é constatar as necessidades do adversário, que tem um orçamento de R$ 9 milhões para gastar até junho. Pouco, quase nada neste cenário maluco do futebol.

As duas equipes tem motivos de sobra para se atirarem em um confronto no estilo matar ou morrer. Qual a melhor alternativa? O que a Macaca deve fazer para sair com a classificação e o bolso cheio? Uma palavra resumo tudo: inteligência.

O estádio Castelão, local do confronto, tem o costume de apresentar uma grama alta e automaticamente equipes velocistas podem sofrer um desgaste maior e exterminar com o fôlego para os minutos finais. Tocar e valorizar a posse de bola e utilizar os chutes de média e longa distância podem ser uma saída para buscar o gol salvador. E para garantir a vitória já que o critério do gol qualificado foi para o espaço.

Sem contar a manutenção do entusiasmo e da leveza de espirito demonstrados contra a Ferroviária no último domingo.

A missão de Brigatti não é só armar o time, e sim incutir na mente dos jogadores de que sonhar com a vitória não vai assegurar apenas os três pontos e sim a própria sobrevivência deles e da agremiação até dezembro.

(artigo escrito por Elias Aredes Junior/ foto: Fábio Leoni – Ponte Press)