Se o Guarani fosse uma empresa, qual seria sua imagem no mundo corporativo? Boa? Dificilmente

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Em determinadas ocasiões, opinar é dispensável. Os atos são explicativos. O novo técnico do Guarani, Marco Antonio Ribeiro não deixou de demonstrar desconforto por substituir Umberto Louzer, demitido nesta semana. Sua declaração não poderia ser mais cortante. “Estávamos contando com o acesso, por tudo que vinha se desenhando. Aí você vê uma situação dessa, com a saída da comissão, e é horrível. Não esperava mesmo. É vida que segue. Como funcionário do clube, não vejo como oportunidade. Não tenho grandes pretensões. Veio a incumbência e a responsabilidade de representar nesses dois jogos. É um trabalho que faço pelo amor e pela história do Guarani”, disse o técnico interino.

Se o funcionário está desconfortável é uma prova de que o Conselho de Administração não mediu as consequências. Gerou repercussão negativa nas redes sociais, imprensa e entre os próprios subordinados. Como dizer que Palmeron Mendes Filho, Assis Oliveira e outros integrantes do Conselho tomaram a decisão correta? Não tomaram.

Não vou dizer mais nada. Vou destacar dois trechos de uma entrevista feita por Max Gheringer, especialista em Mundo Corporativo e que concede entrevistas regularmente aos veículos de comunicação. Esta ocorreu em 2007 para o site RH.com.Br. Veja as respostas e verá como é atual, especialmente se o Guarani for o foco.

 O mundo corporativo vive em constante transformação e, com isso, os profissionais precisam adaptar-se a uma nova realidade. Qual a importância do papel do líder dentro desse contexto?

Max Gehringer – O líder é o fio condutor das mudanças. É através das várias camadas de liderança que uma mensagem, que vem lá do alto do organograma, é repassada, explicada e assimilada. A falta de uma liderança eficaz faz com que a mensagem acabe se diluindo pelo caminho e chegue meio desacreditada aos funcionários que, por fim, serão os responsáveis diretos pela execução de uma tarefa.

Hoje, quais os erros que o Sr. considera como os mais primários e que são cometidos pelos gestores junto às equipes?

Max Gehringer – São dois. O primeiro é prometer coisas que não vão poder cumprir. O segundo é tratar todo mundo da mesma maneira. Pessoas são diferentes e reagem a estímulos de modo diferente. O líder precisa saber e entender o que vai fazer, para que cada pessoa dê o máximo de si. Em alguns casos, é uma bronca. Em outros, é simplesmente deixar o subordinado trabalhar em paz. Evidentemente, broncas coletivas são um pecado mortal.

Por todos os episódios vividos neste ano pelo Conselho de Administração do Guarani, umas aulas com Max Gheringer não seria má ideia. Para conferir a entrevista inteira, é só clicar aqui:

http://www.rh.com.br/Portal/Lideranca/Entrevista/4755/lider-o-fio-condutor-das-mudancas.html

 

(análise feita por Elias Aredes Junior)