O técnico Gilson Kleina balança no comando da Ponte Preta e precisará vencer o Coritiba na quarta-feira, no Majestoso, para respirar no cargo. Mas, brigar para não entrar na zona de rebaixamento virou rotina no trabalho do comandante da Macaca. Este é o terceiro ano seguido que Kleina trava uma batalha para não ficar entre os quatro últimos da competição.
A Ponte Preta está na 16ª colocação com 15 pontos – a exatos dois pontos do Avaí, primeiro time na degola. Uma eventual derrota ou empate diante do Coxa no meio de semana pode ser fatal para o time cair na tabela. A fase não é boa e a equipe já está há cinco jogos sem vencer pelo Brasileirão. A Macaca foi derrotada contra Palmeiras, Corinthians, Bahia e Grêmio, além de ter empatado com o Avaí em Santa Catarina. Além disso, incomoda as inconstantes mudanças no time titular. Em 14 rodadas, foram utilizados 28 diferentes por Kleina.
A sina do comandante de brigar contra o rebaixamento começou em 2015 comandando o Avaí. Ele deixou o time catarinense na 34ª rodada após ter sido demitido com apenas 39,8% de aproveitamento à frente do Leão. Com 35 pontos, a equipe somou 7 dos 12 pontos finais, mas não evitou o rebaixamento para a Série B.
Depois do Avaí, foi a vez de Kleina assumir o Coritiba e novamente encontrou-se em situação delicada. Ele foi demitido em julho de 2016 após o time somar quatro pontos em cinco rodadas no Brasileirão. Deixou o Coxa na 17ª colocação, dentro da zona de rebaixamento, mas o time teve um final mais feliz do que os catarinenses: escaparam do rebaixamento.
Vale lembrar que Gilson Kleina já experimentou o sabor de ser rebaixado no Brasileirão. Após deixar a Macaca em 2012, assumiu o Palmeiras para substituir Felipão e não evitou a queda do time alviverde. Pressionado pela torcida e por conselheiros, Kleina se depara brigando contra o rebaixamento no Brasileirão pelo terceiro ano consecutivo e nem mesmo o fato de ter levado o time à final do Paulistão serviu como amparo para acalmar os ânimos dentro do clube. Segundo o que apurou a reportagem do Só Dérbi, uma derrota no meio de semana custará o cargo do treinador.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)