O Guarani disputa pela terceira vez na década do Campeonato Paulista da divisão de elite e esta é apenas a segunda vez que é em conjunto com a Série B do Campeonato Brasileiro. A torcida do Alviverde reclama que, apesar de possíveis bloqueios judiciais, a equipe teria a disposição um valor superior aos anos anteriores.
Em conversas anteriores com a reportagem do Só Dérbi, o presidente do clube, Palmeron Mendes Filho, afirmou que não teria a disposição os R$ 24 milhões disponíveis em virtude de decisões judiciais.
O levantamento feito por Amir Somoggi para a reportagem do Só Derbi demonstra que o investimento no futebol foi muito menor nos anos anteriores, mesmo com acessos e em 2012, quando caiu na Série B e no ano seguinte, quando foi para a Série A-2.
Até hoje o ano de maior receita do futebol bugrino foi em 2012, quando Marcelo Mingone teve a disposição R$ 26 milhões e gastaram R$ 32 milhões. Em contrapartida, o ano mais dramático foi em 2014, quando o então presidente Álvaro Negrão renunciou e a receita do futebol profissional foi de apenas R$ 3,9 milhões com gastos de R$ 6,9 milhões. Em 2015, uma curiosidade: a receita do futebol ficou em R$ 21,3 milhões, mas os gastos foram de apenas R$ 11,8 milhões.
Nos últimos dois anos, o equilíbrio foi viabilizado. Em 2017, o Guarani teve R$ 14,7 milhões à disposição enquanto que gastou R$ 13,1 milhões. No ano passado, o Guarani teve à disposição R$ 17,8 milhões e teve um custo de R$ 14,2 milhões. Nestes dois anos em que o futebol esteve sob o comando de Palmeron Mendes Filho, o orçamento disponibilizado foi de R$ 32,5 milhões e com gastos de R$ 27,3 milhões.
Pode-se dizer que lutar contra o rebaixamento e com possibilidade de mais recursos é um erro de gestão do atual Conselho de Administração. Que o rumo seja consertado. (texto e reportagem: Elias Aredes Junior)
RECEITA DO FUTEBOL BUGRINO NESTA DÉCADA (EM MILHÕES)
2011- R$ 14,5
2012- R$ 26,7
2013- R$ 16,4
2014- R$ 3,9
2015- R$ 21,3
2016- R$ 8,7
2017- 14,7
2018- 17,8
CUSTOS DO FUTEBOL BUGRINO NESTA DÉCADA (EM MILHÕES)
2011- R$ 14,4
2012- R$ 32,4
2013- R$ 26,7
2014- R$ 6,9
2015- R$ 11,8
2016- 9,1
2017- 13,1
2018- 14,2