Na discussão politica travada entre Sérgio Carnielli e a atual administração da Ponte Preta, um assunto fica em segundo plano, que é a condução do futebol profissional. Levantamento conduzido pelo economista Amir Somoggi e no qual a reportagem do Só Dérbi teve acesso, seja com ou sem influencia do presidente de honra os gastos com o futebol, na maioria dos anos, passou longe do razoável.
Nos oito balanço financeiros publicados nesta década, em três oportunidades a Macaca gastou mais do que tinha disponível. Em 2011, com Carnielli no comando em boa parte da temporada, a Macaca teve R$ 16,3 milhões à disposição, mas gastou R$ 19,8%, quantia equivalente a 122% daquilo que tinha em caixa. No ano seguinte, já com Márcio Della Volpe no poder, A alvinegra teve R$ 30,1 milhões para disputar a divisão de elite e gastou R$ 35,8 milhões, o que corresponde a 119% da quantia recebida.
Quando foi vice-campeã da Série B, em 2014, novo estouro de orçamento. O futebol profissional tinha R$ 22,4 milhões mas torrou R$ 25 milhões. Esse valor é 112% do dinheiro disponibilizado ao futebol profissional.
Não há nada para comemorar nos últimos dois anos. Quando foi rebaixada em 2017, a Ponte Preta tinha R$ 68,8 milhões e gastou 67,9 ou 99% do valor original. No ano passado, a receita do futebol era de R$ 41 milhões e os custos com o futebol foram de R$ 39,8 milhões. A Macaca gastou 97% do que tinha para investir. (Texto e reportagem: Elias Aredes Junior)
PERCENTUAL DA RECEITA GASTA COM FUTEBOL NA ATUAL DÉCADA PELA PONTE PRETA
2011: 122%
2012: 119%
2013: 70%
2014: 112%
2015: 73%
2016: 67%
2017: 99%
2018: 97%