Sobre Roger, diretoria da Ponte Preta e uma conclusão: todos erraram!

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Acusações partem de todos os lados. Roger vai para o Botafogo (RJ) e duas trincheiras foram arquitetadas. Na primeira, estão torcedores que defendem o amor dele pela Ponte Preta; na oposição, aqueles que acusam sua ingratidão após a Macaca abrir espaço para sua re-projeção no futebol brasileiro. Para esses, a diretoria está isenta. Este jornalista desejar criar um terceiro grupo, formado por aqueles que consideram todos os personagens do episódio equivocados e com erros absurdos.

O erro inicial de Roger, seja qual a versão da história, foi querer forçar a antecipação de contratação. Todos sabemos que esta não é a época ideal. Se o contrato dele extingue no dia 31 de dezembro, com os gols que ele anotou no Brasileirão, até a primeira quinzena de dezembro ele teria tranquilidade para definir a sua situação. Escutaria a proposta de renovação da Ponte Preta.

Se fosse insuficiente, estaria aberto a novos desafios. E apareceriam devido a escassez de centroavantes no futebol brasileiro. Repito a pergunta: porque precipitou-se? Antes, um detalhe: Roger tem direito de procurar emprego a partir de janeiro. A discussão é sobre procedimentos éticos. De um lado ou de outro.

Entretanto, a diretoria erra em qualquer uma das versões. Erra por atrasar uma resposta ao jogador e também está equivocada ao chamar para fazer uma proposta e este documento conter valores inferiores a de muitos jogadores do atual elenco. Como apontar isso como valorização? Neste caso, Roger erra em “pensar com o fígado,  ter uma atitude intempestiva e pegar a primeira proposta que viu pela frente. O Botafogo faz boa campanha no Brasileirão? Sim, faz. Mas sua situação financeira é dramática, as demandas são tremendas e nada indica que todos os salários em 2017 serão pagos em dia.

Por todas as versões divulgadas, em nenhum momento o empresário do atleta, Niquinho Martins, é acionado nem por diretoria ou pelo jogador. Ora, o empresário não existe para negociar renovação de contrato e monitorar a situação do atleta?

Não é para checar a perspectiva de permanência ou saída e verificar se o melhor é buscar novos ares?

Tanto a diretoria pontepretana como Roger aparentemente tiveram um comportamento impetuoso, sem capacidade  para pensar em alternativas. A Macaca tem garantia de contratação de um atacante com a mesma relação custo-benefício? Se for Luis Fabiano, não valeria a pena contar com dois atletas identificados com a Ponte Preta?

Não vou estranhar se nos próximos dias outras versões desta negociações aparecerem. Independente disso, algo tenho como convicção: todos estão errados. E quem paga o pato novamente é a torcida, cansada de tanto sofrimento e vacilos no atacado e no varejo.

(análise feita por Elias Aredes Junior)