Deixo claro meu entendimento sobre algumas decisões que não podem ser abertas na semana de preparação do dérbi. É do jogo. Talvez seja a única época do ano em que os treinamentos fechados encontrem respaldo. O que não impede de realizarmos a pergunta: Osmar Loss realmente gosta de futebol ?Ou desconfia de tudo e de todos? Sua entrevista coletiva será na quinta-feira e na véspera do clássico, a decisão será de fechar tudo. Até para imprensa. E pior: longe de Campinas.
Recapitulemos. Loss está em desprestigio com a torcida. Muitos consideram seu trabalho deficiente e alguns acham que nem deveria sentar no banco de reservas. Qual seria a função do técnico? Relaxar o ambiente, evitar a radicalização, algo que Vadão fazia com maestria na véspera do derbi, seja no Brinco de Ouro ou no Majestoso.
Esta seria a hora ideal para a realização de um treinamento com portões abertos para que os jogadores recebessem o apoio das arquibancadas. Em um papo informal com líderes de Torcida Organizadas Loss poderia reconstruir uma aproximação e o estabelecimento de trégua. Pelo menos até o clássico.
Nada disso. Loss optou pelo caminho tortuoso. Se vencer, não há como ignorar seu fortalecimento. Agora, se perder o dérbi, o resultado terá o sinônimo de divorcio definitivo.
Virar as costas para a torcida é tudo que Osmar Loss não deveria fazer. Mas o técnico bugrino procura. Uma hora vai achar.
(Elias Aredes Junior)