Tenho que ser justo. Lidar com os fatos. Dentro daquilo que era possível, João Brigatti trabalhou o time de maneira correta no empate por 1 a 1 com o Oeste, no estádio Moisés Lucarelli.
Detectou com rapidez o problema na gestão de Doriva: a ausência de compactação nos compartimentos. Encurtou os espaços, buscou enfatizar o toque de bola, a aproximação dos atacantes e apostou em uma marcação retraída, a partir da zona intermediária. Só depois é que a segunda etapa verificou-se um procedimento mais ousado.
Murilo, Aaron e figuras como Paulinho, Léo Mineiro, André Castro, estão dentro daquilo que é possível oferecer.
Só existe algo que está fora do alcance de Brigatti. Uma característica que nem seus brados, discurso motivador será capaz de atenuar: a limitação dos atletas.
Sofrer gols é do roteiro. Como diria o finado doutor Sócrates, futebol é um jogo de erros. Mas a Macaca erra demais. Seja na troca de um simples passe, no posicionamento da bola parada ou até em um simples chute a gol. Convenhamos: o principal chutador ser o volante Paulinho é algo para provocar reflexão.
Tem razão o presidente José Armando Abadalla Júnior em colocar a contratação de reforços na frente da obtenção de um novo treinador.
Sem omeletes não se faz ovos, como diria Otto Glória. E a frigideira da Ponte Preta está vazia, assim como o armário.
(análise feita por Elias Aredes Junior)