Vadão procura um novo Fabinho. Vai conseguir?

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Com seis pontos conquistados e com ambições de surpreender na Série B do Campeonato Brasileiro, o Guarani tem uma carência: um atacante de velocidade, um jogador capaz de iniciar os contra-ataques e de desafogar em momentos críticos.

A necessidade verifica-se pelo próprio perfil do elenco comandado por Vadão. Um dos seus principais jogadores, o camisa 10 Fumagalli, é focado em cadenciar o jogo e enfiar bons lançamentos para o centroavante Eliandro ou por Bruno Nazário, que às vezes desempenha o papel de meia atacante pelo lado direito. Não é o ideal.

O correto seria sua presença mais no meio-campo para dinamizar o toque de bola e confundir a defesa adversária e abrir mais espaços aos seus atacantes.

Junte este quadro com um lateral improvisado como Lenon e uma lateral-esquerda com problemas e entraves.

Ao ouvir um integrante da comissão técnica, este jornalista recebeu a explicação de que esta é a justificativa para bancar a escalação de Claudinho, apesar de suas atuações irregulares. Apesar de não aparecer com eficiência e dificuldades na recomposição, um ou dois arranques dados pelo jogador justificam a escalação, me disse o interlocutor.

Entendo o argumento, mas não concordo. Enquanto não pode utilizar Rafael Silva como homem de velocidade, uma alternativa seria substituir Claudinho por Juninho, que no jogo contra o Santa Cruz já demonstrou velocidade e versatilidade para atuar pelos lados do campo.

Um fato é inequívoco: Vadão tem obsessão de repetir as características das equipes que montou em 2009 e 2012. Nas duas ocasiões, três volantes faziam a proteção, saiam para o jogo, um armador era encarregado de movimentar-se em busca das brechas na defesa adversário e o centroavante (Ricardo Xavier em 2009 e Bruno Mendes em 2012) eram servidos pelo atacante de lado pronto para buscar a linha de fundo.

Nas duas ocasiões, um mesmo jogador estava presente: Fabinho. Uma pena que não tenha uma máquina do tempo para resolver o problema do treinador. Resta torcer para o destino colaborar novamente.

(analise feita por Elias Aredes Junior)