Quem nunca teve um professor de coração mole. Aquele pronto a reconhecer o seu desempenho ruim, mas que lhe dava seguidas chances ao perceber por exemplo o seu esforço em sair da areia movediça do saber. Vinicius Eutropio deveria agradecer ao planeta bola. Apesar da derrota por 1 a 0 para o Atlético-GO foi salvo pelo gongo.
A atuação razoável da equipe em boa parte do jogo trouxe relutância aos dirigentes bugrinos. Vão esperar até o jogo contra o Coritiba antes de tomarem uma decisão final. Uma vitória e nova evolução salvará o emprego do profissional.
O treinador deveria ser humilde de entender que se o critério de avaliação fosse o conjunto geral da obra, a sua saída não seria nenhuma surpresa.
Ele estipula em seis meses o tempo de trabalho. Concordo. Desde que no primeiro dia a equipe demonstre uma cara e um jeito de jogar. Algo presente, por exemplo, no Fluminense de Fernando Diniz e no Santos de Sampaoli. Caso contrário, fica difícil argumentar.
Eutropio tem um time limitado nas mãos? Concordo. Falta material humano? Sim. Mas em um futebol de talentos escassos e recursos exíguos não há saída: quem senta no banco de reservas precisa fazer diferença. Fazer muito com pouco. E o atual treinador bugrino não fez ao levar em conta o seu trabalho desde o primeiro dia.
Contra o Coritiba será a chance derradeira. Que o treinador não desperdice. E demonstre um horizonte de recuperação.
(Elias Aredes Junior)