Sempre caímos na armadilha de colocarmos o holofote nos astros principais de um clássico como o dérbi. Esquecemos dos operários. Minimizamos a sua participação na construção do resultado.
Julio César pode ser enquadrado neste mosaico. Brilhante? Artistico com a bola nos pés? Nada disso. Só que virou peça essencial no esquema do técnico Daniel Paulista.
Veja a sua movimentação no gramado nesta Série B.
Quando ocorre a perda da posse de bola, o torcedor fica apreensivo se os volantes conseguirão compactar no tempo adequado. Como o atacante não há esse temor. Sempre na linha de frente e pronto para conceder segurança para Bidu ir à frente.
Júlio César não é um totem parado no lado esquerdo. Busca espaços em todos os lados e por vezes aparece na área para dar passes decisivos.
Quando o Guarani entrou em aguda oscilação no primeiro turno, era um dos únicos que não deixava a peteca cair.
Interessante: na Ponte Preta teve muitas chances e não se firmou. No Guarani, é o jogador dos sonhos de qualquer treinador. Ou alguém que pode fazer com que Bruno Sávio e Lucão do Break ou o próprio Régis desequilibrarem.
Boa parte da torcida do Guarani sabe disso. Ainda bem.
(Elias Aredes Junior-com foto de Thomaz Marostegan- Guarani F.C)