O Guarani celebra neste sábado (13) a conquista do título brasileiro. Anos e anos de desmandos e rebaixamentos fizeram com que a façanha ganhasse relevância maior. Uma equipe com 11 vitórias consecutivas, recorde mantido. O único representante do interior com um título nacional de primeira divisão. Uma pergunta salta aos olhos: qual o jogador vital para a conquista?
A resposta não aparece de maneira automática. Ao pegar a informação pura e simples, Zenon e Careca são as mais apostas prováveis. Os dois marcaram 13 gols cada um e exerceram papéis fundamentais em instantes decisivos. Zenon foi a estrela na vitória sobre o Vasco da Gama por 2 a 1 e diante de um Maracanã com 101.541 pagantes na semifinal. Fez os dois gols da vitória, sendo que um em cobrança de falta.
O camisa 9, por sua vez, anotou 13 gols e na reta decisiva protagonizou duas cenas. A primeira, na final, no Morumbi, quando provocou o goleiro Emerson Leão e gerou a expulsão do titular nas Copas de 1974 e 1978 e o pênalti convertido por Zenon. Quatro dias depois o seu pé botou a bola na rede e o titulo virou realidade.
Outros especialistas citam o meia Renato. Autor de arrancadas e jogadas de efeito, o atleta tinha uma função tática similar ao que Kaká fazia nos tempos de Real Madrid e no Milan.
Meu palpite? O volante Zé Carlos não pode ser descartado ou esquecido. Primeiro porque veio do Cruzeiro, no qual sagrou-se campeão da Copa Libertadores e tinha um histórico vencedor. Foi um técnico informal, capaz de promover reuniões para acalmar os ânimos da rapaziada e auxiliar o técnico Carlos Alberto Silva que ao lado do preparador físico Hélio Maffia conduziam o grupo com mão de ferro.
Independente do seu palpite, algo está claro. O Guarani conquistou o título não porque tinha um ou dois jogadores. Tinha um time, um elenco. Isto fez a diferença.
(artigo escrito por Elias Aredes Junior)