13 de maio de 1991: um pênalti defendido, outro convertido e 13 temporadas do Guarani na Série A

0
1.470 views

Dois lances entraram para a história do Guarani no dia 13 de maio de 1991. O primeiro foi protagonizado pelo goleiro Marcos Garça, que pegou um pênalti batido por Nardela, jogador do Coritiba; o outro foi o gol anotado pelo então armador Edson Boaro na decisão por pênaltis e que assegurou o acesso do Guarani á divisão de elite do futebol brasileiro.

Você já ouviu muitas histórias sobre essa partida, que teve placar de 1 a 1 no tempo normal e vitória do Guarani nos pênaltis por 5 a 4.

Não há como esquecer o pênalti perdido pelo zagueiro Pereira aos 14 minutos do primeiro tempo; o gol feito por Chicão e anulado por José Roberto Wright; o tento anotado pelo próprio zagueiro bugrino aos 45 minutos da etapa inicial.

Sem contar alguns personagens como o volante Valmir, o veterano Biro Biro e o técnico Pepe. Um time que ninguém botava fé. Tinha limitações. Com força de conjunto e superação soube vencer e enterrar a frustração do torcedor bugrino, que no ano anterior viu o acesso escapar por entre os dedos em um jogo contra o Sport, no estádio Brinco de Ouro.

Talvez o vacilo de torcedores e cronistas esportivos tenha sido o esquecimento sobre os frutos positivos que os dois lances descritos acima geraram para a agremiação. Após esse acesso dramático e o vice-campeonato da Série B, o Guarani emplacou 13 temporadas seguidas na divisão de elite do futebol brasileiro e só caiu em 2004, quando até greve de jogadores foi registrada.

Foram 13 edições de brasileirões em que o Alviverde teve instantes de protagonista. Afinal, a equipe foi a terceira colocada em 1994, sexto lugar em 1996 e faturou a oitava posição em 1999.

Nesse período os presidentes Beto Zini e depois José Luis Lourencetti abriram espaço para atletas como Ailton, Amoroso, Djalminha, Luisão, Robson Ponte, Fumagalli, Fábio Augusto, entre outros. Poderíamos dizer que foi a época de prata do Guarani.

A de ouro, lógico compreende de 1976, quando venceu um turno do Paulistão, até 1988, quando foi vice-campeão paulista. Nesta época, o time comemorou um titulo brasileiro de 1978 e a taça de prata de 1981.

Esses dois períodos e a conquista do acesso de 1991 demonstram de modo cabal que erra o torcedor bugrino quando contenta-se com pouco. Pode e deve sonhar com mais.

(Elias Aredes Junior)