Quando contratado pelo Guarani, Paulinho afirmou o desejo de recomeçar mais uma vez na carreira. Desde o episódio do Bonda da Stella no Flamengo – quando o jogador foi afastado por abusar da vida noturna -, Paulinho tentou apagar a imagem de bad boy no Santos, mas também foi afastado por problemas indisciplinares na Vila Belmiro. Coube ao Vitória, no início do ano, abrir as portas para o atacante, mas a passagem também foi curta e durou apenas um semestre.
Afastado em Salvador, Paulinho chamou atenção do Guarani, que mesmo sabendo do histórico do atleta, optou por arriscar e tentar reforçar o ataque na Série B do Campeonato Brasileiro. O problema é que desde que foi regularizado, no dia 1º de setembro, Paulinho passou 1/3 da sua estadia no Brinco de Ouro entregue ao departamento médico. Participou de cinco dos nove jogos que a equipe disputou desde então e não balançou as redes.
O primeiro problema foi detectado em meados de setembro devido a uma amigdalite. Paulinho ficou afastado por cinco dias por ordem médica e desfalcou a equipe na partida contra o Paraná, quando o Bugre foi goleado por 4 a 0, no Brinco de Ouro. Desde o dia 9 deste mês está entregue ao DM bugrino alegando dores nas costas.
Traduzindo aos números, Paulinho tem 55 dias desde sua regularização no BID. Esteve à disposição dos treinadores durante 36 dias, mas desfalcou a equipe em 19. Na reapresentação da equipe de Lisca após a vitória contra o Juventude no final de semana, o atleta não foi liberado e corre o risco de desfalcar a equipe em mais uma oportunidade. No final de semana, a equipe campineira visita o Goiás na sequência da Série B.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)
Do ponto de vista dos fatos, a diretoria errou na contratação. Mas do ponto de vista conceitual, acertou. Foi uma aposta válida. Não é um mau jogador e veio a um salário pequeno. Infelizmente, não deu certo. Por isso, apesar do fracasso do Paulinho, eu parabenizo a diretoria pela contratação.