Um detalhe separa o atacante Paulinho do Guarani. O Vitória quer recolher uma assinatura para protocolar o reempréstimo do jogador até dezembro. O problema é que o estafe do atleta e a diretoria bugrina não acham necessário que Paulinho dê um visto nos papéis da negociação. O Flamengo, detentor dos direitos econômicos do jogador, não aceitou a rescisão com o Vitória, pois assim fica isento da responsabilidade de arcar com os salários.
Como o Guarani se dispôs a pagar apenas 30% dos vencimentos de Paulinho, o Vitória teria que se responsabilizar pelo restante por acordo firmado com o Flamengo no início do ano. Se assinada uma rescisão de contrato entre o atacante e o clube baiano, o compromisso voltaria ao time carioca – que não vai quebrar o acordo para se livrar dos prejuízos. Diante deste cenário, o Vitória tentou empurrar Paulinho para o Goiás, que ofereceu bancar integralmente o salário do atleta, mas o negócio foi vetado pelo técnico Argel Fucks.
Com a desistência dos goianos e a vontade de Paulinho em se transferir para Campinas, a ideia de rescisão foi anulada e o Vitória terá que protocolar um contrato de repasse. Para a entrada do jogador no BID da CBF através deste sistema de transferência serão necessários os vistos dos representantes dos três clubes: Guarani, Vitória e Flamengo. Mas o departamento jurídico do time de Salvador só quer liberar os papéis necessários com a anuência dos empresários de Paulinho. O atleta deve viajar para Bahia para resolver as pendências.
Há possibilidade de Paulinho entrar no BID ainda nesta sexta-feira, mas ele não estará à disposição contra o Figueirense. Isso porque a diretoria bugrina precisa enviar a lista de relacionados para o voo de Santa Catarina ainda nesta quinta-feira. A CBF se responsabiliza pela viagem de 23 atletas e se o Bugre precisar incluir outro jogador após este horário precisará pagar as despesas. Sendo assim, Paulinho deve fazer sua estreia no Brinco de Ouro, contra o Vila Nova, no dia 4 de setembro.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)