Após uma parceria de vários anos dentro do ambiente político do Guarani, o atual presidente Palmeron Mendes Filho está em rota de colisão com o ex-mandatário Horley Senna. A gota d´agua teria sido o desligamento de Senna do comando do departamento amador e a entrega para uma empresa que ficará responsável sob a gestão.
O futebol profissional ficará sob o comando da Magnum, decisão que desagrada Horley Senna, de acordo com fontes ouvidas pela reportagem do Só Dérbi. “Será uma co-gestão e isso será esticada para a categoria de base. O Guarani entende que os dois departamentos serão indivisíveis”, disse o presidente bugrino em entrevista à Rádio Central. Além da Magnum, a ASA Aluminio faria parte do projeto e o Guarani terá poder de veto.
O distanciamento de Palmeron não é de hoje. Tudo começou com a contratação do volante Richarlyson. Elê era contrário à aquisição, mas como Horley estava no comando do clube, ele atendeu ao pedido do então técnico Oswaldo Alvarez. Quando ocorreu a demissão do treinador por telefone, Horley Senna fez questão de entrar em contato com Vadão e assegurar que todos os seus direitos seriam pagos.
Assim que assumiu o poder, Palmeron deslocou Horley Senna para as categorias de base – o dirigente tomou conhecimento pela imprensa. Nos seus primeiros pronunciamentos como presidente, Palmeron prometeu que faria todos os esforços para unir as alas do clube e trazer bugrinos históricos de volta, uma postura que tentou resgatar em entrevista à Rádio Central. “Não existe rompimento e nem motivo. O Horley é apaixonado pelo Guarani. Temos algumas divergências de opinião, o que são salutares. Não é verdade que existe rompimento”, disse Palmeron, que confirmou os estudos para uma terceirização do futebol com a Magnum.
A parceria entre Horley Senna e Palmeron Mendes Filho não foi firmada apenas no futebol, pois a dupla assessorava em diversos mandatos o ex-vereador Cid Ferreira, derrotado nas últimas eleições.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)