Rodagem do grupo, grana e calendário: os objetivos da Ponte Preta no Troféu do Interior

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O Campeonato Paulista foi duro para o torcedor pontepretano. Se há dez meses o time lutava pela inédita taça do Estadual contra o Corinthians, agora foi eliminado na 1ª fase, lutando contra o rebaixamento até a última rodada.

A partir do próximo final de semana, a Macaca vai disputar o Troféu do Interior, competição que reúne os seis times que não avançaram às quartas de final e nem foram rebaixados à Série A2. Além do time campineiro, São Bento, Ituano, Ferroviária, RB Brasil e Mirassol participam. São dois grupos com três times cada.

Só Dérbi traz para você três objetivos que guiam a Alvinegra no torneio.

1. OPORTUNIDADE PARA TODOS

Desde a pré-temporada, o ex-técnico Eduardo Baptista e membros da comissão técnica deixaram claro que o Paulistão seria usado como laboratório para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Com poucos jogadores experientes e diversos atletas promovidos das categorias de base, a Alvinegra sofreu com a falta de experiência – e de qualidade.

Em se tratando de um torneio com pouca importância e baixo nível de competitividade, é uma oportunidade interessante para o interino João Brigatti dar rodagem àqueles que não tiveram oportunidades.

Lucas Mineiro, contratado por empréstimo junto à Chapecoense, deve ser testado. O meio-campista, caso tenha atuações convincentes, pode assumir a titularidade, graças ao péssimo rendimento dos companheiros de setor na temporada. Léo Artur, titular da posição, está de saída.

2. GRANA

Todos sabem que a situação financeira da Ponte Preta é extremamente delicada. Com a redução das cotas televisivas na Série B, o poder de investimento reduziu drasticamente. Como prova, a diretoria, capitaneada por José Armando Abdalla Júnior, priorizou as contratações por empréstimo, normalmente em parcerias com os quatro grandes clubes de São Paulo.

O campeão do Troféu do Interior vai embolsar R$ 360 mil – equivalente a mais de 70% de uma folha salarial -, além de vaga na Copa do Brasil, competição mais rentável do país. O vice leva R$ 100 mil.

3. O CALENDÁRIO AGRADECE

Se não houvesse a disputa entre os clubes do interior, a Macaca só teria dois jogos na Copa do Brasil até o dia 13 ou 14 de abril, quando enfrenta o Paysandu, no Moisés Lucarelli, na estreia da Série B – a tabela ainda não foi desmembrada pela CBF.

Apesar da pouca importância, é tempo de manter ritmo de jogo, sem a necessidade de amistosos contra adversários irrelevantes no cenário paulista ou regional.

A Ponte Preta, ao lado do rival Guarani, é a maior vencedora do Troféu do Interior. Ao todo, são cinco títulos, sendo o último em 2015.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)