Certos fatos são esquisitos na Ponte Preta. Desafiam a lógica. Ou são executadas de maneira torta. Veja como exemplo a reunião convocada para o próximo dia 13 de abril e que tem a meta de analisar as contas do ano passado, marcado pelo rebaixamento á Série B do Campeonato Brasileiro.
É um tema importante. Vital. Os conselheiros habilitados a participarem da reunião, se for para aprovarem ou recusarem os números da gestão do ex-presidente Vanderlei Pereira, necessitam de tempo e espaço para analisarem e tirarem as dúvidas.
Nada disso. As reclamações nas redes sociais são de que nem no site oficial existe qualquer vestígio do balanço financeiro. Ou seja, os conselheiros correm o risco de aprovarem algo que vão analisar de modo superficial.
A direção do clube, por sua vez, esclarece por intermédio da assessoria de imprensa que o documento pode ser acessado por qualquer conselheiro que requisitar pessoalmente na Secretaria e que a publicação deverá acontecer dias antes da realização da assembleia. Mesmo assim, o ideal seria a publicação do balanço junto com o edital de convocação.
Algumas perguntas precisam ser respondidas e só podem ser com os números em mãos. Como uma equipe com orçamento robusto em relação aos anos anteriores conseguiu ser rebaixada? Por que não há substancial investimento na melhoria da infraestrutura? O que foi feito do dinheiro arrecadado com a venda de William Pottker para o Internacional e de Clayson para o Corinthians?
Quanto foi gasto com salário com a comissão técnica e jogadores em 2017?
A divulgação antecipada do balanço financeiro seria uma forma de elevar o nível do debate e comprovar para a Comunidade Pontepretana de que tudo está sendo conduzido de maneira correta.
Por enquanto, a impressão que é transmitida é que a Macaca é dirigida pelo falecido Abelardo Barbosa, o Chacrinha. A turma quer confundir e nunca explicar.
(análise feita por Elias Aredes Junior)