Ricardinho pede paz em Campinas e minimiza vantagem no confronto diante do XV

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Não é de hoje que o clima de decisão contagia a todos no Brinco de Ouro da Princesa. Afinal, após o empate sem gols diante do XV de Piracicaba, no Estádio Barão de Serra Negra, uma vitória simples é suficiente para colocar o Guarani na elite do futebol paulista, depois de cinco anos amargando decepções na Série A2.

O cenário entre campineiros e piracicabanos, além da histórica rivalidade regional, aumentou ainda mais depois da confusão na arquibancada no último sábado. Os bugrinos foram alvos de pedradas e outros objetos da torcida mandante, após serem impedidos de sair do local imediatamente ao apito final.

“Precisamos ter um pouco de cuidado, principalmente pelo que aconteceu no extracampo. Nós, atletas, damos a vida pelo Guarani para fazer o melhor dentro das quatro linhas. Nos dedicamos integralmente a isso. Quando extrapola, é preciso cuidado. Sem dúvida, será um jogo em que deixaremos toda nossa luta e vontade durante os 90 minutos. Mas isso deve ser em um contexto esportivo. A vida do ser humano está acima do esporte. Vamos fazer de tudo para conseguir o acesso. Serão 18 jogadores com amor à camisa. Crianças e famílias estarão no Brinco de Ouro e espero dar alegria a eles pelo que verão em campo. Nada mais além disso”, alertou o volante Ricardinho, em entrevista coletiva.

Questionado sobre a vantagem da igualdade com o Nhô Quim, o camisa 7 descartou qualquer possibilidade de estar à frente no confronto decisivo. “A vantagem é muito pequena, mínima. Vamos jogar dentro de casa, apenas isso. Ter o torcedor ao nosso lado é o único fator que nos ajuda. O vencedor será conhecido nos detalhes, ainda mais em uma decisão”, afirmou.

Ricardinho também criticou a postura do Alviverde na primeira etapa em Piracicaba e destacou que o grupo está preparado psicologicamente para suportar a pressão pelo acesso diante da torcida. “Nós já esperávamos uma pressão do XV. Faltou reter a bola e jogar mais no campo do adversário para marcar o gol. Não tivemos lucidez e criatividade. No começo, tivemos atuação segura, com apenas uma oportunidade para eles, mas não tivemos tranquilidade para rodar a bola entre os dois lados, a nossa principal característica. Não conseguimos nos impor. Fomos para vencer, mas o resultado está de bom tamanho para as duas equipes”, disse.

“Estamos bem preparados psicologicamente desde o início da competição. Aqui no Guarani tem um profissional especializado para isso. Em casa, nos sentimos bem motivados e à vontade. Os torcedores têm nos apoiado bastante. Não tenho dúvida de que nos sentimos melhores no Brinco de Ouro”, concluiu.

O jogador, titular absoluto do meio-campo do técnico Umberto Louzer, declarou que nada está definido. “Está aberto. A gente só dá valor no empate quando se perde. Sabemos que o forte da equipe deles é o contra ataque. Se tivéssemos saído com a derrota, estaríamos sonhando com o empate. Saímos fortalecidos de Piracicaba e temos que concentrar as nossas forças para fazer o dever de casa e conseguir o acesso”, destacou.

Depois de atividade nesta segunda-feira no Brinco de Ouro, o Guarani tem apenas mais um treinamento antes do duelo decisivo. Sem desfalques, a tendência é que a equipe na quarta-feira seja a mesma do jogo de ida: Bruno Brígido; Lenon, Philipe Maia, Fernando Lombardi e Marcílio; Baraka e Ricardinho; Bruno Nazário, Rondinelly e Erik; Bruno Mendes.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Guarani Press)