Nos últimos anos, a Ponte Preta ganhou, com justiça, a fama de ser uma equipe capaz de surpreender os gigantes e de maneira surpreendente tropeçar quando menos se esperava.
A Macaca perdeu do Londrina por 1 a 0 e produziu uma duvida na mente dos torcedores e analistas: com que trunfos a Alvinegra vai surpreender o Flamengo e o rival Guarani na próxima semana?
O lógico seria apontar o dedo para os atacantes André Luís e Felippe Cardoso. Fortes, velozes, com bom posicionamento e identificados com a torcida, seria natural esperar boas atuações no futuro. O duelo diante do Tubarão mostrou algo inequívoco: o meio-campo padece de criatividade. É crônico.
Danilo Barcelos pode – e deve – melhorar a produtividade nos próximos jogos. Só que seria hipocrisia esconder os erros de passes, a dificuldade para sair da forte marcação do oponente bem treinado e a insistência com as jogadas de Paulinho como elemento surpresa. Tiago Real esforça-se, faz o que é possível, mas por vezes esbarra na sua própria condição técnica. E quando saiu para a entrada de Júnior Santos só restaram as jogadas individuais.
Lances interessantes apareceram e isto explica o bom rendimento na etapa final e as defesas do goleiro Vagner. Renan Fonseca merece cuidado especial. Não porque seja limitado, e sim porque em duas ou três vezes ficou de mano a mano com o atacante adversário e o resultado quase foi desagradável. Posteriormente, em jogada de bola parada, saiu o gol. Pergunto: como tantos erros de posicionamento ocorrem em uma jogada manjada de bola parada? Pois é.
Só que é muito pouco, quase nada para um time que precisa desbancar um gigante para faturar uma bolada e seguir na Copa do Brasil e vai descer a avenida para encarar o rival sem sua torcida.
Fazer muito com pouco é a missão de Doriva. Fazer tal produtividade aparecer é a missão dos responsáveis do futebol profissional pontepretano. Porque é preciso de ovos para se fazer omeletes. Nem que seja de codorna.
(análise feita por Elias Aredes Junior)