Análise: João Carlos, o goleiro que superou a desconfiança para ser titular da Macaca

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Nesta semana, a Ponte divulgou a renovação do contrato com o goleiro João Carlos. Acertou por três anos. A notícia propõe refletir: é uma decisão acertada da diretoria? João Carlos tem potencial para tal? O atleta chegou a titularidade do time do Moisés Lucarelli desacreditado. Fundamentalmente pela frustração da torcida após a saída de Marcelo Lomba. A própria diretoria dava sinais de que não colocaria a mão no fogo pelo atleta.

No discurso, sempre existiu a deixa de que o setor poderia ser reforçado. Prova disso é a própria insistência em Lomba.

Para começar a história. Marcelo Lomba, ídolo de 2015, teve que retornar para o Bahia após seu contrato com a Macaca, de um ano, ser encerrado. A Ponte queria um substituto e chegou até a falar em Felipe, ex-Corinthians. Porém, sem sucesso nas negociações, a saída foi apostar em quem já estava no clube. Com o aval do preparador de goleiros André Dias, Matheus e João Carlos disputariam o posto. E Matheus foi o escolhido para a estreia no Paulista. Falhou em um dos gols e transferiu a oportunidade para João Carlos.

Esta combinação de fatos mudou o desfecho da posição na Macaca. Em alta, João Carlos não apenas ganhou a confiança da comissão técnica, inclusive com a chegada de Eduardo Baptista, como transmitiu segurança  a torcida. Ganhou coro de defesa. “Nosso goleiro titular é bom”. “É seguro taticamente”. “É pegador de pênaltis (foram três no Paulista, dois deles contra o Corinthians)”. Todas estas frases estavam na ponta da língua dos torcedores.

Aos poucos, João Carlos foi evoluindo, ganhando ritmo de jogo e destacando-se com participações importantes. Mostrou que não está na sombra de Lomba. Fez com que a comparação deixasse de ser prioridade. Colocou-se como protagonista ao lado de seu antecessor. São estilos diferentes. Lomba era líder, era falador. João Carlos é mais cauteloso no discurso em campo. É disciplinado no posicionamento. Aplicado taticamente.

Seu crescimento de rendimento justifica sim a renovação do contrato. Mostra que a diretoria aprendeu a lição. Melhor prevenir do que remediar.

(análise feita por Adriana Giachini)