Nos dois jogos comandados por João Brigatti, tivemos, mais uma vez, um ingrediente que não tínhamos com os técnicos substituídos: vontade. Foi assim quando ele entrou no lugar de Eduardo Batista no início de março, conquistou bons resultados e acabou conquistando o Troféu do Interior. Ontem , à vontade, falou mais alto e arrancamos o resultado frente o Goiás na raça. Quando a técnica é pouca, que venha na raça.
Achei que jogamos bem, mas a quantidade de passes errados evidencia a intranquilidade e a carência de um comandante no meio-campo. Não há como negar que o time melhorou sua postura em campo, principalmente no nosso pior cenário: jogos em casa. Voltamos a dominar a partida e comandamos as ações, exceto depois que viramos, os visitantes reagiram e foram em busca do empate.
Mas desde o início, apesar da escalação inicial – não gostei de André Castro e Nathan juntos -, tomamos a iniciativa e estávamos melhores quando sofremos o gol. Gol que não se toma em um jogo profissional, inacreditável. Mas tivemos forças e fomos em busca do empate ainda na primeira etapa. Assim como no dérbi, o gol foi num momento fundamental do jogo. Se vamos para o intervalo com o resultado adverso, seria um problema.
O time carece de reforços e isso é óbvio, mas a Série B é assim: nivelada por baixo. Qual é o super elenco desse campeonato? Independente dos outros times, precisamos nos qualificar para buscar uma arrancada e ainda sonhar com o acesso.
Quem sabe depois dos resultados conquistados o time ganhe a confiança tão necessária em um jogo de futebol e conquiste outros bons resultados nesses três seguintes jogos. Os dois próximos serão fora –Brasil de Pelotas e CRB– e o terceiro no Majestoso – CSA – que será, enfim, o ultimo com portões fechados.
No início via essa Série B totalmente viável e com possibilidades maiores que o acesso, principalmente pela ausência dos chamados times grandes – com verbas maiores, melhores elencos e apoio da grande mídia. Mas as coisas não caminharam para isso no Majestoso e o acesso se tornou um objetivo. Embora difícil, é possível, mas dependemos da chegada de jogadores capazes de dar um ganho técnico ao time e, em especial, o “fazedor” de gols.
(análise: André Gonçalves/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)