Uma Seleção Brasileira de Copa do Mundo só com jogadores revelados por Ponte Preta e Guarani

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Estamos às vésperas do segundo jogo do Brasil na Copa do Mundo. O desafio nesta sexta-feira, dia 22, é diante da Costa Rica. Apesar do ânimo arrefecido em relação às competições anteriores, não há deixar de recordar os tempos em que o futebol campineiro era protagonista. Tanto que este colunista conseguiu montar um time de 1 a 11 só com jogadores revelados e projetados por Ponte Preta e Guarani. Acompanhe a relação e veja a surpresa reservada no final:

Goleiro: Carlos (Copas 1978, 1982 e 1986) – Seguro, calmo e autor de defesas espetaculares, o goleiro pontepretano foi reserva nas duas primeiras copas e titular na edição do México.

Lateral-direito: Edson Boaro (Copa 1986) – Fruto de uma safra de ouro do clube nas categorias de base, o atleta teve passagem por Corinthians e Guarani e atuou na estreia contra a Espanha em 1986, mas depois perdeu a vaga para Josimar.

Zagueiro central: Oscar (Copas 1978, 1982, 1986) – Dono da posição nas edições da Argentina e Espanha, o beque ficou na reserva na segunda gestão de Telê Santana. Firme e com bom jogo aéreo, foi um dos principais zagueiros da história da Ponte Preta.

Quarto zagueiro: Amaral (Copa 1978) – Revelado pelo Guarani e depois vendido ao Corinthians, o atleta impressionava pela precisão nos desarmes.

Lateral-esquerdo: André Cruz (Copa 1998) – Surgido nas categorias de base da Ponte Preta em meados da década de 1980, o atleta envolveu-se uma confusão infinita para voltar a jogar. Mas depois triunfou no futebol italiano e ainda fez parte do elenco vice-campeão.

Primeiro volante: Julio César (Copa de 1986) – Revelado pelo Guarani, o atleta começou sua carreira como meio-campista e depois foi recuado para a zaga. Não faria feio nesta improvisação por causa de seu vigor físico, senso de antecipação e eficiência no jogo aéreo, características que são inerentes a qualquer volante.

Segundo volante: Elano (Copa de 2010) – Atuou pelas categorias de base do Guarani e não teve oportunidades. Muitos asseguram que sua lesão na África do Sul tirou as possibilidades da Seleção Brasileira comandada por Dunga.

Meia armador: Renato Morungaba (Copa de 1982) – Atleta de fina estirpe. Rápido, dinâmico, determinado foi opção nas copas de 1982 e 1986. Hoje está inserido no Guarani.

Ponta de lança: Careca (Copas de  1986 e 1990) – Habilidoso, criativo, destemido, alto senso de conclusão. O autor do gol que assegurou o titulo de 1978 fez história. Neste time, seria improvisado como meia armador para abrir espaço aos outros dois atacantes.

Centroavante: Luís Fabiano (Copa de 2010) – Trabalho de pivô fantástico. Sabe como poucos chutar em diagonal e pegar o goleiro desprevenido. Merecia melhor sorte na África do Sul.

Segundo atacante: Luizão (Copa de 2002) – O título na Ásia tem um pedacinho do atacante revelado pelo Guarani. Sem ele, não existiria o pênalti e o gol da vitória contra a Turquia. Nesta equipe seria improvisado para atuar pelos lados. Com sua força física não teria dificuldades em adaptar-se.

Técnico: Zé Duarte – Por ter trabalhado na Seleção Feminina de Futebol  indicamos Zé Duarte. Por que? Simples: conduziu a Ponte Preta na conquista da divisão especial de 1969, foi o técnico da Ponte Preta em 1977, que é considerado o melhor time da história e depois levou o Guarani a conquista da Taça de Prata em 1981 e no ano seguinte levou o time ao terceiro lugar no Brasileirão de 1982. E abriu as portas do futebol feminino. Ele mereceria dirigir este esquadrão.

(artigo de autoria de Elias Aredes Junior)