Glauber, Nunes e Rincon fizeram história pelo Guarani em 2008. Auremir, Zé Antônio e Lenon sustentarão a escrita?

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Quando conquistou o vice-campeonato da Série C do Brasileirão em 2008, o então técnico Luciano Dias tinha no trio de volantes formado por Nunes, Glauber e Claudinei Rincon como os pilares do trabalho de marcação do meio-campo. Os números comprovam que tais atletas foram prioritários na produção do time. Rincon disputou 26 dos 32 jogos disputados, Glauber entrou em campo 11 vezes e Nunes foi acionado como titular ou reserva em 21 confrontos. Lógico, a participação do trio ficou em segundo plano devido a eficiência do atacante Fernando Gaúcho, autor de 17 gols e peça fundamental para o acesso.

Aos poucos e de modo paulatino, o técnico Marcelo Chamusca pode encontrar-se na eminência de formatar um outro trio . A primeira peça de formação do quebra-cabeça é Auremir, de 24 anos, homem de confiança do treinador desde os tempos do Fortaleza e que no último sábado, após uma etapa inicial irregular teve desempenho seguro nos 45 minutos finais contra o Juventude. Lenon mostrou-se confiável e pronto para exercer uma função já exercida no Campeonato Paulista: a força de marcação na frente da grande área e a destreza de arremate de média e longa distância. Não é pouco.

Eis que surge a terceira peça, o experiente Zé Antônio, de 32 anos, recuperado de lesão e pronto para ser acionado contra o Macaé, domingo, ás 16 horas, no Estádio Brinco de Ouro. Não só pela sua rodagem no futebol, mas o seu bom aproveitamento na bola parada pode ser um alívio tanto para Fumagalli como ao lateral-esquerdo Dênis Neves. Não há como ignorar o seu curriculo e passagens por Atlético Mineiro, Atlético Paranaense, Paysandu e América Mineiro. Sua voz pode ser um fator de desequilibrio favorável ao Guarani.

Se realizarmos uma análise apurada do quadro, Auremir, Lenon e Zé Antonio encaixam-se com perfeição. O primeiro representa a visão do treinador dentro do gramado. O segundo sabe o que espera o torcedor bugrino e de quebra oferece trunfos que por vezes não se esperam de alguém da posição. Já o terceiro é a ponderação na ponta da chuteira. Podem jogar juntos? Por que não? Afinal, não sabemos os desafios previstos caso o Guarani termine entre os quatro primeiros e dispute o acesso pela primeira vez desde que participa da competição em 2013. Detalhe: por tudo exposto até o momento fica dificil vislumbrar uma chance do também volante Evandro dar conta das missões que podem ser cumpridas pelo trio.

O fato é inquestionável: quem é coadjuvante hoje pode virar protagonista amanhã. E os três são potenciais candidatos a encarnar tal papel.

(análise feita por Elias Aredes Junior)