Indicações de Eduardo Baptista fracassam, e Ponte coleciona insucesso no mercado

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Eduardo Baptista foi demitido da Ponte Preta em 09 de março depois do empate sem gols com o Red Bull Brasil. Apesar de o treinador fazer parte do passado, as decisões ainda afetam diretamente o clube, seja pelo lado esportivo ou financeiro.

Comandante do elenco rebaixado à Série B do Campeonato Brasileiro, o profissional foi bancado pela diretoria no final de 2017 e participou da montagem do elenco para a disputa do Campeonato Paulista com pitacos decisivos sobre quem desembarcaria ou não no Moisés Lucarelli.

O Só Dérbi relembra os casos dos atletas, indicados pelo próprio profissional, que tiveram passagem frustrante pela Macaca.

Vinícius Silvestre: o goleiro emprestado pelo Palmeiras não conseguiu superar a concorrência de Ivan e disputou apenas uma partida ao longo do semestre: foram 90 minutos na vitória diante da Ferroviária, pelo Troféu do Interior, em Araraquara, em duelo com equipe totalmente reserva.

Wesley Matos: contratado com status de xerife, o zagueiro foi uma verdadeira decepção em Campinas. Não conseguiu superar a disputa com Renan Fonseca e Luan Peres, atuou em um único jogo – derrota para o Bragantino – e acumulou 68 minutos pela Macaca antes de rescindir o contrato e retornar ao Vila Nova.

Marciel: apesar das 28 participações no ano, a expectativa era que o atleta do Corinthians resolvesse, de uma vez por todas, os problemas crônicos da lateral-esquerda. No final das contas, não se firmou nem na defesa nem no meio-campo. Agora, amarga o banco de reservas após lesão no tornozelo. Mesmo com duas bolas na rede, nunca foi incontestável entre os 11 iniciais.

Ronaldo: o volante rescindiu contrato com a Macaca na primeira quinzena de julho e acertou transferência ao Criciúma. A expectativa era de que o jogador de 24 anos reeditasse as boas apresentações do Sport, mas a condição física inadequada atrapalhou. Ao todo, foram três jogos, sendo um improvisado como lateral-direito, e 128 minutos em ação.

Vitinho: desde o início do ano na Macaca, o volante fez apenas duas partidas – Corinthians e Novorizontino – e 28 minutos em campo ao todo. Teve contrato rescindido em 04 de julho depois de ficar entregue ao Departamento Médico por conta de lesões musculares. Quando atuou, sequer chamou a atenção. Na época, chegou como aposta vindo Mogi Mirim.

Daniel: o meio-campista surgiu como grande promessa do Botafogo, mas esteve longe de demonstrar grande futebol na Alvinegra. Com salários pagos integralmente pelo São Paulo até abril, o jogador deixou o Majestoso sem deixar saudades: dez jogos, nenhum gol e 455 minutos.

Gabriel Vasconcelos: o atacante cedido pelo Corinthians não conseguiu engrenar, tampouco justificou por que os paulistanos depositavam tanta confiança na época das categorias de base. No total, são doze partidas, sendo uma como titular, nenhum gol marcado e 310 minutos para serem apagados – não entra em campo desde 28 de maio, na derrota para o Sampaio Corrêa, em São Luís.

Silvinho: ao lado de Tiago Real, atual titular, o atacante de 28 anos chegou ao Moisés Lucarelli para ser um dos líderes na luta para voltar à elite do futebol nacional. Depois de um Estadual para ser esquecido, se despediu com o título do Troféu do Interior e assinou com o Paraná. Por aqui, foram 19 jogos oficiais e nenhum gol marcado.

Vale lembrar ainda que o zagueiro Rodrigo, pivô da expulsão diante do Vitória, no duelo que resultou no rebaixamento, foi bancado por Eduardo Baptista e ganhou a concorrência de Yago, mesmo com apresentações satisfatórias, para atuar ao lado de Luan Peres na reta final do ano passado.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Ponte Press)