Dados do IBGE e dos concorrentes comprovam: Ponte Preta pode cobrar ingressos mais baratos no Brasileirão

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A Ponte Preta busca uma nova vitória neste domingo, às 16 horas, contra o São Paulo e também espera um grande público no estádio Moisés Lucarelli, o que possibilitaria preencher os seus cofres. Durante a atual edição do Campeonato Brasileiro, vários torcedores reclamaram do preço dos ingressos e da política focada em valorizar em demasia o programa de Sócio Torcedor em detrimento das camadas mais carentes da população.

A reportagem do Só Dérbi decidiu pesquisar o atual momento vivido pela Ponte Preta na questão da cobrança de ingressos em relação aos concorrentes e também na relação das cidades envolvidas na disputa do Campeonato Brasileiro.

Apesar de ficar longe do ingresso mais caro e de Campinas não ser uma cidade com habitantes de poucos recursos, o levantamento comprova de que há espaço para cobrar um valor mais competitivo e de acordo com o poder aquisitivo do seu público.

O primeiro dado relevante é o valor do ingresso médio cobrado. Entre as equipes de médio porte, a Ponte Preta é, ao lado do América Mineiro, aquela que cobra o ingresso mais caro. E supera até alguns gigantes, como o Atlético Mineiro. Confira no ranking:

Ranking de valor médio do ingresso no Campeonato Brasileiro

1º Palmeiras R$ 58

2º Flamengo R$ 54

3º Corinthians R$ 53

4º Fluminense R$ 40

5º Botafogo R$ 40

6º Santos R$ 33

7º Internacional R$ 31

8º São Paulo R$ 30

9º Grêmio R$ 29

10º Cruzeiro R$ 26

11º Ponte Preta R$ 25

12º América-MG R$ 25

13º Atlético-MG R$ 23

14º Coritiba R$ 23

15º Figueirense R$ 23

16º Atlético-PR R$ 20

17º Chapecoense R$ 19

18º Sport R$ 17

19º Vitória R$ 17

20º Santa Cruz R$ 16

Um dos argumentos que poderiam ser utilizados para a cobrança do ingresso mais caro em relação aos concorrentes de médio ou peque no porte é o fato de que Campinas é uma cidade com habitantes de bom poder aquisitivo. O argumento é válido em parte. De acordo com dados do IBGE e referentes ao ano de 2015, a cidade com os domícilios de poder aquisitivo mais alto é Florianópolis. Ali, cada residência recebe em média rendimentos mensais de R$ 5.222.73.

Mesmo assim, o Figueirense cobra um ingresso na média mais barato que o da Ponte Preta (R$ 23 contra R$ 25 da Macaca). No ranking, Campinas com uma renda média por domicílio de R$ 4332,55 está a frente de Chapecó, Recife e Salvador, mas está atrás, por exemplo da capital paranaense, com valor de R$ 4.786,37 e cuja as equipes cobram ingressos mais baratos que os da Ponte Preta. O quadro é repetido ao se verificar a renda média per capita de cada membro de residência aferido pelo IBGE. Confira os dados nos dois quadros abaixo:

Valor do rendimento nominal médio mensal dos domicílios:

Florianópolis – R$ 5.222,73

Santos – R$ 4.891,93

Porto Alegre – R$ 4.879,95

Coritiba – R$ 4.786,37

São Paulo – R$ 4.776,94

Belo Horizonte – R$ 4.647,73

Rio de Janeiro – R$ 4.402,35

Campinas: R$ 4.332,55

Chapecó – R$ 3.225,33

Recife: R$ 3.755,53

Salvador – R$ 3.064,10

Valor do rendimento nominal mediano mensal per capita dos domicílios

Florianópolis: R$ 1.166,67

Santos: R$ 1.080

Porto Alegre: R$ 1000

Curitiba: R$ 949,50

Campinas: R$ 825

Belo Horizonte: R$765,00

São Paulo: R$ 750

Rio de Janeiro: R$ 750

Chapecó: R$ 750

Recife: R$ 500

Salvador: R$ 510

Os dados e estatisticas comprovam: a diretoria da Ponte Preta já evoluiu na questão do valor dos ingressos. Mas pode melhorar ainda mais. Se clubes localizados em cidades mais ricas cobram entradas na média mais baratas, por que a Macaca não pode seguir o exemplo? Fica a reflexão.

(texto, reportagem e análise: Elias Aredes Junior)

Observação: o primeiro quadro formulado a partir de informações do site Globo Esporte.com

Observação 2: quadros 2 e 3 formulados em cima de informações do IBGE