Entre as 32 contratações efetuadas pela Ponte Preta desde o início da temporada, oito delas tiveram efeito praticamente zero. De janeiro para cá, pouco mais de 25% dos jogadores que desembarcaram no Moisés Lucarelli não conseguiram convencer a comissão técnica e arrumaram novo destino no mercado da bola para o segundo semestre.
- DANIEL:
O meio-campista surgiu como grande promessa no Botafogo, mas esteve longe de demonstrar grande futebol na Alvinegra. Com salários pagos integralmente pelo São Paulo até abril, o jogador deixou o Majestoso a caminho do
São Bento sem deixar saudades: dez jogos, nenhum gol e 455 minutos em campo.
- GABRIEL VASCONCELOS:
Cedido pelo Corinthians, o atacante não conseguiu engrenar, tampouco justificou por que os paulistanos depositavam tanta confiança na época das categorias de base. No total, foram doze partidas, sendo uma como titular, nenhum gol marcado e 310 minutos para serem apagados. Rescindiu contrato amigavelmente e acertou para defender o São Bento na sequência da Série B do Campeonato Brasileiro.
- MARCIEL:
Apesar das 28 participações no ano, a expectativa era que o atleta do Corinthians resolvesse, de uma vez por todas, os problemas crônicos da lateral-esquerda. No final das contas, não se firmou nem na defesa nem no meio-campo. A passagem por Campinas foi interrompida após expressar insatisfação com o banco de reservas nas redes sociais. Poucos dias depois, foi contratado pelo Oeste.
- RONALDO:
O volante rompeu vínculo com a Macaca na primeira quinzena de julho e acertou transferência ao Criciúma. A expectativa era de que o jogador de 24 anos reeditasse as boas apresentações do Sport, mas a condição física inadequada atrapalhou. Ao todo, foram três jogos, sendo um improvisado como lateral-direito, e 128 minutos em ação.
- SILVINHO:
O atacante chegou ao Moisés Lucarelli para ser um dos líderes, ao lado de Renan Fonseca e Tiago Real, na luta para voltar à elite do futebol nacional. Depois de um Estadual para ser esquecido, se despediu com o título do Troféu do Interior e assinou com o Paraná. Por aqui, foram 19 jogos oficiais e nenhuma bola na rede.
- TONY:
Contratado no fim de março por intermédio de Marcelo Barbarotti, Tony se destacou no Campeonato Paulista deste ano com a camisa do Novorizontino e veio para substituir Emerson, negociado com o Atlético-MG. Aos 28 anos, o lateral-direito fez duas partidas com a camisa pontepretana.
Além da estreia na derrota por 1 a 0, diante do Paysandu, na abertura da Série B, ainda atuou no revés frente ao Náutico, no confronto de volta da quarta fase da Copa do Brasil. Sem agradar, não recebeu nenhuma outra oportunidade e deu adeus no começo de julho a caminho do São Bento.
- VITINHO:
Desde janeiro na Macaca, o volante fez apenas duas partidas – Corinthians e Novorizontino – e 28 minutos em campo ao todo. Teve contrato rescindido em 04 de julho depois de ficar entregue ao Departamento Médico por conta de lesões musculares. Quando atuou, sequer chamou a atenção. Na época, chegou como aposta vindo Mogi Mirim.
- WESLEY MATOS:
Chegou a Campinas com status de xerife, mas foi uma verdadeira decepção. O zagueiro não conseguiu superar a disputa com Renan Fonseca e Luan Peres, atuou em um único jogo – derrota para o Bragantino – e acumulou 68 minutos pela Macaca antes de rescindir o contrato e retornar ao Vila Nova.
BOAS LEMBRANÇAS:
Apesar dos fracassos, dois jogadores se destacaram e saíram do Moisés Lucarelli pelas portas da frente. O lateral-direito Emerson foi adquirido pelo Atlético-MG por cerca de R$ 5 milhões em negociação que culminou no retorno de Danilo Barcelos por empréstimo.
Na sequência, foi a vez do zagueiro Luan Peres, em fim de empréstimo junto ao Ituano, ser negociado com o Fluminense. Pouco tempo depois no Tricolor das Laranjeiras, se transferiu para o Club Brugge, da Bélgica.
E AGORA, ABDALLA?
Com dificuldades financeiras desde o início da temporada, a diretoria da Ponte Preta ainda segue atenta às oportunidades de mercado para reforçar o elenco da João Brigatti até a primeira semana de setembro, data limite de inscrição na Série B do Campeonato Brasileiro.
A opção prioritária dos mandatários alvinegros é empréstimo junto aos grandes clubes do país ou a chegada atletas sob custo zero. O foco, no momento, é buscar uma opção para vestir as camisas 9 e 10.
(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)