Majestoso lotado no dérbi. Por que não é sempre assim?

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Uma linda festa no Majestoso no sábado. Dia 25 de agosto. Mais de 17 mil pessoas para assistir ao dérbi. A chegada do Gorilão vai comover e emocionar. Recorde absoluto de público. Algo parecido será repetido só se a Macaca chegar ao acesso. Marca para gerar debates e ideias.

A inaugural é cair por terra  a falácia de que a Ponte Preta tinha como rival o São Paulo ou o Red Bull. Nada mais mentiroso. O derbi mobiliza, produz emoção e é algo único em Campinas. No fundo, no fundo, quem adota tal discurso vive em auto engano . Não sou eu quem diz isso. É o borderô dos ingressos vendidos antecipadamente. Quase o dobro do público registrado diante do Flamengo, duelo válido pela Copa do Brasil, com  mais de 9 mil pontepretanos.

A torcida da Ponte Preta precisa ser colocada contra a parede: por que apenas nos dérbis e em finais de campeonato  a mobilização é intensa? O que precisa ser feito para que o Majestoso tenha pelo menos 50% de taxa de ocupação durante a temporada? Traduzindo: média de público de 10 mil pessoas por jogo.

Concordo, a violência afasta. Assim como confusões políticas também. Acostumado a ser um clube de massa e de administração coletiva, de fora para dentro,  pontepretanos perderam a motivação de frequentarem o Majestoso com a detecção da sensação de que a Macaca tem “dono”. Um senhor dono dos céus, da terra e do destino do clube.

Misture-se isso tudo o desencanto, desmotivação e falta de visão para entender o cardápio dos vencedores , sejam eles individuais ou coletivos. Grandes conquistas são obtidas passo a passo, vagarosamente, sem pressa e com meticulosidade dos detalhistas.

Jogos de portões fechados, em distâncias quase insuportáveis para quem bolso pequeno…É difícil pensar em média grandiosa na Série B. O Campeonato Paulista, no entanto, já exibia médias decepcionantes. Convenhamos: até no vice-campeonato regional do ano passado.

Que o dérbi desperte em boa parte dos torcedores que estarão no estádio a necessidade de acompanhar a Ponte Preta, seja qual for o local e circunstância. Ela merece.

(análise feita por Elias Aredes Junior)