Arquibancada: Ponte Preta, uma equipe de massa comandada por incompetentes

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Como falar da Ponte Preta sem entrar nos clichês e assuntos tão batidos e remoídos por todos os torcedores? Como pensar na Série B de 2018 sem imaginar o quão possível e viável era a busca pelo título? Como não atrelar o nome da instituição a um grupo de ditadores que se aproveitam de uma paixão, de uma massa e de um colosso regional com grande visibilidade nacional para seus desmandos e ideias absurdas em um clube tão tradicional e movido pelo e para o POVO desde a sua fundação? Quando eles vão parar? Quando nos deixarão em paz com a nossa Macaca Querida? Até quando?

Do elenco atual se aproveita muito pouco para o próximo ano. Ivan, Reynaldo, Ruan, João Vitor, André Luis. São dois anos em sequência que quase caímos para Série A2 do Campeonato Paulista. Em 2017, disputamos a final, mas nos livramos do rebaixamento na “bacia das almas”.

O que dizer de uma diretoria que contrata como técnico Sidney Moraes, Dado Cavalcanti, Sérgio Soares, Pintado, Silas, Felipe Moreira – que foi trazido de volta para categorias de base refutando Leandro Zago, um dos melhores do Brasil? É possível dizer que houve planejamento para trazê-los?

Poucas pessoas se beneficiam das apostas que a Ponte Preta faz. Tanto na contratação de jogadores quanto de técnico. Gilson Kleina, Guto Ferreira, Doriva, dentre outros treinadores, mudaram de patamar depois de boas passagens pela Ponte. Onde está o dinheiro das vendas de Ravanelli, Pottker, Clayson, Matheus Jesus, Emerson? Foi reinvestido na Macaca? Como transformar o maior orçamento anual na história do clube em rebaixamento ainda deixando dívida de R$ 10 milhões e alguns processos trabalhistas pipocando nos últimos meses?

Qual motivo de tirar João Brigatti faltando 14 rodadas para o final do campeonato? Jogamos 26 rodadas nesse Brasileiro da Série B e parece que os jogadores não se conhecem. Não há o mínimo de entrosamento. Em todos os setores houve troca, exceto no gol – por razões óbvias – e Danilo Barcelos e Renan Fonseca. Alguém tem uma explicação razoável para isso?

São tantas perguntas com resposta já conhecida pela grande massa e maquiada por parte da imprensa. Desculpe-me, torcedores que ainda sonham com o acesso, mas estou mais preocupado com o rebaixamento do que otimista com a elite em 2019. Hoje não passa pela minha cabeça uma façanha de nove vitórias em 12 jogos restantes se em 26 partidas vencemos apenas nove.

(análise: André Gonçalves)