Empate teve lampejos de evolução na Ponte Preta. Pode melhorar. Muito.

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O torcedor da Ponte Preta viveu seus melhores 27 minutos na Série B. Nem tanto pelos dois gols anotados, e sim pelo posicionamento tático arquitetado por Marcelo Chamusca. Uma linha defensiva sólida e com espaço encurtado entre as linhas e um contra-ataque ajeitado com Júnior Santos e André Luís pelos lados. O espaço central era ocupado por Roberto e Matheus Vargas e que chegavam com qualidade.

Dois trunfos goianos foram bloqueados: a bola trabalhada com Renato Cajá e as jogadas de velocidade com Michael. O Goiás tocava, tocava e não chegava lugar nenhum. Ressalte-se que as falhas de Ivan no rebote eram amenizadas de modo eficiente pelos zagueiros pontepretanos.

Como o toque de bola não existia, não restava outro expediente aos donos da casa senão a de levantar a bola e consagrar os zagueiros da Macaca.

Correu riscos no segundo tempo, nem tanto pelas oportunidades criadas, mas porque o contra-ataque não fluía, mesmo com Chamusca utilizando atletas como Hyuri.

Tudo certo, lindo e maravilhoso? Nada disso.

Apesar de serem impecáveis na parte defensiva, não há como ignorar que os laterais Igor e Nicolas ainda não oferecem as opções de desafogo e de contra-ataque necessárias. Se isso acontecesse, André Luís não teria saído extenuado.

A comissão técnica precisará adaptar-se às características de Nathan e André Castro, perfeitos nos desarmes, mas ineficientes para realizarem a transição necessária que exige-se de um volante moderno. Essa ausência de desafogo explica o gol de empate de David Duarte e que deixou dois pontos escapar por entre os dedos.

Tais questões não impedem de reconhecer a existência de evolução. Apesar do empate, a boa atuação por 27 minutos foi a melhor notícia dos 90 minutos no estádio Olímpico.

(análise de Elias Aredes Junior)