Torcedores e dirigentes de Ponte Preta e Guarani deveriam acompanhar com atenção a rodada derradeira do Campeonato Brasileiro deste domingo e torcer com todas as forças pela permanência de Fluminense e Vasco da Gama. Se os dois forem derrotados e ocorrerem triunfos da Chapecoense e do Sport não é nenhum delírio imaginar o futebol carioca com os dois pés na segundona nacional.
Afirmo tal conceito não por uma questão econômica. Afinal, a Rede Globo acabará em 2019 com o sistema de “cheque especial”, ou seja, a manutenção na Série B da cota integral para quem foi rebaixado na Série A e era integrante do antigo Clube dos 13. Devem ser no máximo R$ 8 milhões para cada um. E ponto.
Só que seria loucura renegar a força nos bastidores e o peso da camisa de dois clubes centenários e com histórico impecável. O Vasco com quatro títulos brasileiros, o Fluminense com outros três e o clube da Cruz de Malta com um caneco de Libertadores.
Não é loucura imaginar que os departamento de marketing dos dois clubes, seja um ou outro ou os dois tenham maiores facilidades para captar recursos na segundona, em que serão atrações. Naturalmente times competitivos seriam formados e um lugar cativo no Grupo de Classificação já estaria fixado. Traduzindo: chances menores para o futebol campineiro brigar no topo.
Lógico, não serei louco de apontar moleza em 2019. Pela atual classificação, os rebaixados seriam o América, campeão da Série B do ano passado e tarimbado em segundona; o Sport Recife com bom orçamento e uma base de torcedores gigantesca; e os dois já definidos, que são o Vitória (BA), com boa estrutura e o Paraná, que antes da Serie A tinha disputado 10 edições seguidas da Série B. Nunca é demais lembrar os dirigentes do futebol campineiro: o que é ruim pode piorar. Muito. Melhor evitar.
(análise feita por Elias Aredes Junior)