Como a fusão Bragantino-Red Bull poderá afetar a discussão sobre a terceirização no Guarani

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A partir do dia 05 de abril, o futebol do interior paulista  viverá novo momento. O Bragantino passará por processo de fusão com o Red Bull Brasil, que até hoje mandava os seus jogos em Campinas. Informações dão conta de que Marco Antonio Abi Chedid deverá ficar como presidente de honra da agremiação que poderá investir R$ 45 milhões para a Série B. Motivo: as outras filiais do time austríaco já estão na primeira divisão e é preciso encurtar o caminho. Pode parecer que não, mas o que acontecer em Bragança Paulista poderá afetar e muito a vida cotidiano do Guarani.

É muito simples. Em caso de êxito, acesso, melhorias do estádio e outros dividendos, ficará claro que agremiações fora das capitais precisarão de aporte financeiro ou de parceiros para sobreviverem e serem competitivos.

Não é preciso ser bidu para concluir que este argumento externo enfraqueceria a força do discurso do ex-presidente Horley Senna, que é contra a terceirização do departamento de futebol e daria um trunfo e tanto para o presidente Palmeron Mendes Filho e o empresário Roberto Graziano de que o futebol bugrino não tem mais condições de andar com as próprias pernas.

Neste debate arrastado sobre a terceirização, tanto um lado como outro ficaram restritos até hoje  aos argumentos econômicos e esportivos de médio e longo prazo. Não existia uma referência próxima para checar o alcance da terceirização, fusão ou qualquer método administrativo em que o clube não seja comandante de seu futebol.

Esse cenário acabou. De um jeito ou de outro, o que ocorrer em Bragança Paulista servirá de munição para aquilo que for discutido no Brinco de Ouro.

(Elias Aredes Junior)