Red Bull faz parceria com Bragantino. Como esta novidade poderá fortalecer diretamente (ou indiretamente) Sérgio Carnielli na Ponte Preta

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Marco Antonio Abi Chedid presidiu Bragantino, Novorizontino e Ponte Preta. Deixou seguidores e oposicionistas ferrenhos. Com a instalação da fusão entre Red Bull e Bragantino, prevista para começar no dia 05 de abril, o veterano dirigente voltou ao centro das atenções. Um torcedor ao me encontrar em um dos meus locais de trabalho estava revoltado. Não se conformava de que nesses anos todos do Toro Loko como mandante do estádio Moisés Lucarelli, os dirigentes pontepretanos de plantão nunca tivessem tentado algum tipo de investimento da equipe austríaca.

Poucos ficaram atentos a um detalhe. Em caso de êxito da fusão em Bragança Paulista, o presidente de honra, Sérgio Carnielli ganhará um trunfo e tanto para reafirmar sua influência dentro da alvinegra campineira.

Explica-se: hoje, a Macaca sob o comando de Gustavo Válio na gestão financeira e de José Armando Abdalla na presidência executiva, tem como filosofia de que a montagem do time e da sustentação financeira baseia-se na aquisição de jogadores para o profissional e categorias de base a preços baixos e a posterior revenda para aferir lucro e manutenção das atividades. Basicamente o que fez Marco Chedid por anos e anos no Massa Bruta e que lhe permitiu jogar a Série B de 2008 a 2016, ultimo ano quando terminou na penúltima colocação com 32 pontos. Só subiu no ano passado, após somar 29 pontos no Grupo B e passar pelo Náutico nas quartas de final. Em todas suas participações, com as próprias pernas, o Bragantino jamais conseguiu o acesso à divisão de elite. Basta verificar o retrospecto: 2008 (7º colocado com 57 pontos);2009 (9º lugar com 53 pontos); 2010 (8º lugar com 53 pontos); 2011 (6ª posição com 58 pontos); 2012 (14ª posição com 44 pontos); 2013 (12º lugar com 47 pontos); 2014 (16º lugar: 46 pontos); 2015 (6º lugar com 60 pontos) e 2016 (19ª lugar com 32 pontos). Um desempenho regular, mas sem levar o clube ao pelotão da frente.

Em contrapartida, no mesmo período, Sérgio Carnielli, com seus aportes financeiros, disputou a Série de 2007 a 2011 e obteve o acesso em 2011; participou da divisão de elite por dois anos, 2012 e 2013, e voltou a disputar a Série B novamente em 2014, quando foi  vice-campeã. Jogou o Campeonato Brasileiro de 2015 a 2017, quando a Macaca caiu sob a presidência de Vanderlei Pereira, um de seus aliados. Apesar dos percalços, Carnielli tem dados e informações para dizer que o seu dinheiro fez diferença na história da Macaca.

Resumo da ópera: caso a parceria entre Bragantino e Red Bull gere frutos (traduzindo: acessos e títulos), Sérgio Carnielli ganhará um argumento externo poderoso para justificar sua utilidade na Ponte Preta.

(Elias Aredes Junior)

3 Comentários

  1. Nada a ver. A parceria do Red Bull com o Bragantino é para valer, pelo menos do lado da empresa que quer disputar títulos e ser campeã, e assim valorizar a marca e auferir lucros inclusive na valorização dos jogadores, a do nosso presidente de honra é unilateral a seu favor, não se importando de firma alguma com as conquistas do clube. Peço por favor maus isenção e pesquisa, para o bem da Ponte.

  2. Que viagem, Elias! Não tem nada a ver a compra de uma equipe por uma marca que tem essa estratégia há anos em várias partes do mundo, com um mecenas colocar dinheiro do bolso e se apoderar do clube.

  3. Não há coerência nesses argumentos, a meu ver. Se só o dinheiro do Carnielli resolvesse, porque ele não ganhou título algum? A Ponte já está andando com as próprias pernas, não precisa mais dele. Basta uma auditoria na dívida com ele, e seu equacionamento em 25 anos